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Vivemos um tempo solteiro de afectos e viúvo de emoções

Vale do Ave

2018-04-21 às 06h00

Isabel Vilhena Isabel Vilhena

Frei Fernando Ventura é o primeiro Embaixador Terra Justa. A Human Rights Watch foi a homenageada do segundo dia do Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade que termina hoje na cidade de Fafe.

Citação

Estou descalço para não pisar os sonhos.Vivemos um tempo solteiro de afectos e viúvo de emoções. Precisamos de ser gente com gente. Construtores de liberdade para além dos limites. A nossa liberdade não termina na do outro, amplifica ao chegar ao outro. Palavras sábias de Frei Fernando Ventura que proferidas na cerimónia de homenagem à Human Rights Watch que decorreu, anteontem à noite, no Teatro Cinema de Fafe.
O frade franciscano capuchinho recebeu a Medalha de Compromisso pelas mãos do Presidente da Câmara de Fafe, Raul Cunha, tornando-se, assim, o primeiro Embaixador Terra Justa.

O homenageado da noite foi a Human Rights Watch, organização não-governamental que defende os Direitos Humanos no mundo inteiro. Esta ONG investiga, detalhadamente, violações de direitos humanos, denuncia os casos que documenta e procura junto dos Governos e das Nações Unidas, políticas eficazes que promovam os direitos humanos e a justiça.
O presidente da Câmara Municipal de Fafe, Raul Cunha, afirmou que o Terra Justa é um movimento que não se esgota em Fafe, mas que se espalha por todo o mundo, justificando a justa homenagem à Human Rights Watch pelo trabalho notável que desenvolve na investigação, denuncia e exposição mediática de violações dos Direitos Humanos.

Bruno Stagno Ugarte, director Executivo Adjunto para Advocacia da Human Rights Watch, referiu que os nossos maiores inimigos são os autocratas que não permitem as suas sociedades viverem em pleno todos os seus Direitos e o segundo inimigo é a complacência das democracias que não têm a verdadeira coragem política para lutar pelos Direitos Humanos. Necessitamos que as democracias, como Portugal, falem alto e forte.
José Luís Carneiro, Secretário de Estado das Comunidades, enalteceu o evento, revelando que estamos a olhar aquilo que é o farol do Direito: a Justiça. A partir de um território local conceptualizar uma visão global.
Por sua vez, Alexandre Honrado, coordenador do Núcleo Português de Investigação Nelson Mandela, afirmou que vivemos num mundo que é uma terra justa nas mãos de pessoas injustas. Vivemos numa grande sociedade de médicos: vimos e discutimos sobre o mundo que está doente, mas deixamo-lo morrer., revelou. A paz constrói-se com aqueles que lutam. A sociedade civil não está preparada, nem motivada para a defesa dos Direitos Humanos.

Marcelo aplaude Terra Justa por discutir dignidade da pessoa humana

Uma mulher de causas, mas mal-amada pelo país. Esta foi uma das ideias defendidas ontem por Teresa Vasconcelos, do Movimento Graal, na Conversa de Café à volta de Maria de Lourdes, mulher de causas.
Foi uma mulher visionária, utópica. Mas foi também uma mulher incompreendida porque era extremamente frontal, questionava o estatuto da mulher no nosso país, o que não era compreendido pela Igreja e pela política. Mulher muito combativa, mas muito mal-amada. E eu sei que ela sofria por isso, disse ontem Teresa Vasconcelos.
O terceiro dia do Terra Justa ficou marcado pela homenagem à antiga primeira-ministra de Portugal, Maria de Lourdes Pintasilgo.

Para Teresa Vasconcelos esta era uma homenagem que faltava. Fafe está a fazer aquilo que o país lhe deveria ter feito, garantindo que se Maria de Lourdes estivesse cá, iria ficar muito feliz e orgulhosa.
Um reconhecimento que mereceu o elogio do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, através de uma mensagem enviada ao Terra Justa, enaltecendo a preocupação ética que norteou sempre a antiga primeira-ministra. Marcelo salienta o conjunto excepcional de qualidades de Lourdes Pintasilgo, destacando a inteligência, o brilho, a cultura, a capacidade de doação, o sentido do serviço e a noção do Estado. O chefe do Estado destacou ainda a importância de Fafe estar preocupada com os grandes valores, os grandes princípios que respeitam à dignidade da pessoa humana.

Também Margarida Santos, presidente da Fundação Cuidar o Futuro, falou do papel da Fundação criada por Maria de Lourdes Pintasilgo que funciona hoje como uma forma de divulgar as suas causas e valores. Foi com esse mote Cuidar o Futuro que foi ontem inaugurada a exposição, no Arquivo Municipal de Fafe, na qual se retrata a vida, a história e o trabalho desenvolvido por Maria de Lourdes Pintassilgo.

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