O Vitória SC teve mais posse (58%-42%), rematou o dobro das vezes (16-8) e destacou-se também nos cantos (7-2). A verdade é que quem venceu foi o Benfica... e por 0-3. O resultado é pesado demais, já que a diferença entre as equipas no relvado não foi tão grande assim. Aliás, os homens de Luís Freire entraram fortes, pecaram em alguns momentos na finalização e, quando pareciam ter acertado na fórmula, esbarraram num gigante Trubin, que fez, pelo menos, duas enormíssimas defesas, em momentos determinantes - na primeira negou o 1-1 e na segunda o 1-2, com ainda cerca de dez minutos para jogar.
Contas feitas, o Vitória SC mantém os 48 pontos e também o quinto lugar, embora agora com apenas um ponto de vantagem sobre o Santa Clara.
Dois minutos e Telmo Arcanjo deixara um presságio do que seria a noite do Vitória SC. Grande cruzamento de Händel e o cabo-verdiano, na cara de Trubin, acertou mal na bola, gorando-se uma clamorosa oportunidade.
Esta entrada fortíssima da equipa de Luís Freire durou, essencialmente, 20 minutos, com bela dinâmica e aproximações várias à baliza encarnada, também com uma força extra vinda de fora das quatro linhas, com mais de 20 mil vitorianos a criarem um tremendo ambiente, debaixo de uma valente chuva.
No primeiro grande sinal de vida ofensivo, o Benfica marcou - contra-ataque perfeito, Aktürkoglu recebeu de Pavlidis, conduziu e serviu Kokçü, que rematou para defesa de Varela. Na recarga, Pavlidis encostou para o 0-1.
O grego ainda viu o 0-2 anulado em cima da meia-hora, por fora de jogo, antes de Filipe Relvas levar as mãos à cabeça após enorme ocasião - Telmo cobrou um livre lateral e o central desviou para o golo, de cabeça, mas Trubin, com incríveis reflexos, levantou o braço direito e negou o empate.
O Vitória SC fora a melhor equipa no primeiro tempo, mas o Benfica foi venenoso e... letal, tal como na segunda parte.
Gustavo Silva começou por falhar o desvio após uma boa bola de Maga, aos 54 minutos, com o Vitória SC a tentar várias vezes, pressionando e tendo mais bola que o Benfica. Ainda assim, as águias fecharam a discussão aos 77, com Carreras a promover um bom trabalho individual sobre Maga e a bater Varela, que talvez pudesse ter feito mais para evitar o desfecho, já que a bola entrou entre ele e o poste.
Logo a seguir, o Vitória SC poderia ter reaberto a discussão para a ponta final, mas Trubin fez mais uma defesa fenomenal, agora a negar o golo a Jesús Ramírez. Até ao final, o castigo ficou ainda mais pesado, com o bis de Pavlidis, na recarga a um livre de Kokçü.