Associação Vida Independente alarga capacidade de resposta
2020-06-03 às 07h00
Investigadores da Escola de Medicina publicaram análises de mais de 1800 genomas do novo coronavírus onde encontram mutações que podem afectar a eficácia do diagnóstico.
Uma equipa de investigadores da Escola de Medicina da UMinho e do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde identificou mutações nos genomas de SARS-CoV-2 que podem ter implicações importantes no diagnóstico do vírus causador da Covid-19.
A publicação na revista científica ‘The Lancet Infectious Diseasesl’, da autoria de Nuno Osório e Margarida Correia-Neves mostra que algumas das mutações identificadas no SARS-CoV-2 afectam locais usados no diagnóstico por PCR e que, se não fossem descobertos, poderiam tornar este método de diagnóstico menos eficaz.
“Verificámos que algumas das mutações existentes podem afe-ctar os resultados obtidos no diagnóstico por PCR”, explica Nuno Osório, um dos autores deste trabalho. “Em relação a outros possíveis impactos das mutações para o sucesso do vírus, ainda é muito difícil saber se estará a evoluir para se tornar mais ou menos transmissível ou para evitar o nosso sistema imune.”
O estudo publicado analisou 1825 genomas sequenciados de SARS-CoV-2 alojados na Global Initiative on Sharing All Influenza Data. A análise a estes genomas demonstrou que com uma das ‘sondas‘ em uso existe a possibilidade de ineficácia no diagnóstico do novo coronavírus de até 14% das variantes de vírus em circulação, reforçando a necessidade de optimizar os ensaios. Esta probabilidade de ineficácia foi encontrada devido a três mutações presentes em vírus de 24 países, incluindo Portugal.
“Em geral, o vírus ainda não mudou muito e a maioria dos isolados clínicos sequenciados em circulação são bastante semelhantes entre si. Isto pode sugerir que, apesar de ser um patógeno muito recente, o vírus revela uma grande adaptação ao hospedeiro humano. Os dados existentes sugerem que não é dos vírus mais rápidos na sua capacidade de alterar o genoma, no entanto, o facto de poder evoluir mais lentamente que outros vírus e ainda ter relativamente poucas mutações, não implica que algumas dessas mutações não sejam relevantes”, indica Nuno Osório, investigador da UMinho
O cientista, especializado em microbiologia, nota ainda que “é muito importante que o esforço de sequenciação seja mantido, pois vai permitir que possamos continuar a monitorizar de perto a evolução do vírus e adaptar o diagnóstico, futuro tratamento e prevenção aos desafios que as mudanças do vírus nos podem trazer”.
17 Março 2024
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