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2023-03-03 às 06h00
Há três anos era diagnosticado o primeiro caso de Covid-19 em Portugal. Seguiram-se “tempos duros” e a vacinação “foi importantíssima” para controlar a pandemia, lembra Céu Ameixinha.
Três anos depois de ter sido diagnosticado o primeiro caso de Covid-19 em Portugal e de a pandemia ter marcado a vida de todos nós, a vacinação continua a ser apontada como a melhor forma de prevenir as consequências de uma doença que ainda tem muito de desconhecido, mas que é certo que veio para ficar.
Ontem, precisamente o dia em que se assinalaram os três anos do diagnóstico do primeiro caso no país, a rádio Antena Minho e o Correio do Minho visitaram o Centro de Vacinação de Braga, para uma conversa com um dos principais rostos do concelho na luta contra a pandemia: Céu Ameixinha. A enfermeira, especialista em saúde pública e comunitária, reconhece que os últimos três anos “foram muito duros” para os profissionais de saúde, “mas finalmente pode dizer-se que começamos a viver bem com as sequelas desta pandemia”.
“A vacinação foi importantíssima. Trabalhou-se muito”, recorda, realçando que hoje ainda “há muitos medos nas pessoas”, não tanto pelos sintomas físicos, mas sobretudo em termos de sequelas ao nível da saúde mental. “As pessoas estiveram muito tempo isoladas, fechadas, sem contactos. Houve pessoas a quem morreram muitos familiares e amigos com a doença. São coisas que marcaram”, explica.
Hoje, tanto as pessoas em geral como os profissionais de saúde já sabem como lidar com a doença, que aliás, “está aí, pois continua a haver muitas pessoas infectadas”, nota a coordenadora do Centro de Vacinação de Braga.
“A infecção está latente e activa, sabemos disso. O que acontece é que agora as pessoas não valorizam tanto a sintomatologia, que está mais parecida com a da gripe. Já sabem que primeiro devem tomar medicação e que só se os sintomas se agravarem é que devem procurar um médico, contactando a linha de saúde pública para o respectivo encaminhamento para o médico de família ou outro serviço diferenciado”, refere a enfermeira.
Muitas pessoas têm contraído o vírus sem o saber, mas isso faz parte, como explica: “Vamos começar a viver com a Covid-19 com um pouco de normalidade, porque já sabemos como reagir, à semelhança do que acontece, por exemplo com a gripe”.
Covid-19 continua activa e ainda há quem tenha de se resguardar
Três anos após o início da pandemia poucos serão aqueles que nunca estiveram infectados com o SARS-CoV-2. Muitos encaram já a doença com normalidade, mas ainda há quem tenha cuidados redobrados devido a problemas de saúde.
É o caso de Melanie Rebelo, uma jovem de 27 anos da Póvoa de Lanhoso, a residir em Braga, que está actualmente com Covid-19. Doente crónica, o que implica cuidados redobrados para não apanhar infecções, está novamente res- guardada em casa, aguardando que os sintomas da Covid-19 melhorem. “Se for como da primeira vez já sei que vai levar bem mais de um mês até ficar bem”, contou ao Correio do Minho.
“A primeira vez que tive Covid-19 foi em Janeiro do ano passado e nessa altura confesso que estava mais assustada, sobretudo por causa da minha doença”, conta, explicando que tem bronquiectasias e asma crónica atópica severa. “A minha doença é provocada por um vírus semelhante ao que causa a Covid-19”, explica, referindo que neste momento a Covid-19 obriga-a a ficar em casa, sobretudo pelo cansaço extremo que sente quando faz algum esforço. Os sintomas “são os mesmos da primeira vez, sobretudo dores nas articulações, concretamente nos joelhos, nos pulsos e nos dedos das mãos”.
Porém, mais do que dores físicas, Melanie confessa que “o pior é mesmo a parte psicológica”. Devido à sua doença, Melanie passou os dois primeiros anos da pandemia praticamente isolada para não ser infectada.
“Estando agora novamente em casa, quase que em isolamento, isso está a afectar-me, sobretudo porque sou uma pessoa que gosta do convívio pessoal e de sair”, conta, revelando que estas “sequelas psicológicas vão ficar para sempre”.
Centro mantém capacidade para vacinar em massa
O Centro de Vacinação de Braga mantém-se a funcionar no 1.º piso do Centro Comercial Via Nova (E.Leclerc), em Ferreiros, à quinta e sexta-feira. À segunda, terça e quarta as vacinas contra a Covid-19 são administradas nos centros de saúde, cujos recursos humanos estão já preparados para efectuar esta vacinação. Nas unidades de saúde, a procura pela vacina contra a Covid-19 “ainda é residual”, com cada espaço a vacinar uma média de seis pessoas por semana, mas no Centro de Vacinação ainda estão a ser vacinadas entre 150 a 170 pessoas por dia. “Há um mês ainda estávamos a vacinar entre 500 a 6000 pessoas por dia e pelo fluxo e número de utentes inscritos sabíamos que os números iam decair”, explica a enfermeira Céu Ameixinha, referido que assim foi decidido manter o Centro de Vacinação aberto apenas dois dias por semana, mas manter toda a estrutura apta para uma eventual reactivação em massa.
“Temos aqui a estrutura toda montada e se for preciso reactivar este centro para uma vacinação em grande número estamos preparados para isso no imediato”, conta a enfermeira, lembrando que já conhecemos melhor a Covid-19 e por isso tam- bém sabemos que a qualquer altura poderá ser necessário revacinar os grupos de risco.
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