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TGV deveria dar prioridade às ligações de Lisboa ao Porto e do Porto à Galiza
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TGV deveria dar prioridade às ligações de Lisboa ao Porto e do Porto à Galiza

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TGV deveria dar prioridade às ligações  de Lisboa ao Porto e do Porto à Galiza

Cávado

2024-07-18 às 13h00

Rui Serapicos Rui Serapicos

Ex-secretário de Estado e autarcas defenderam ontem, em Esposende, que as ligações de alta velocidade de Lisboa ao Porto e do Porto à Galiza devem ter prioridade sobre a ligação de Lisboa a Madrid.

Citação

“A ligação prioritária deve ser Lisboa-Porto. E das ligações a Espanha a prioridade deve ser dada à ligação entre o Norte de Portugal e a Galiza”, defendeu Frederico Francisco, ontem, em Esposende. O ex-secretário de Estado Adjunto e das Infraestruturas falava foi orador principal num debate promovido pela Associação Empresarial do Minho, sobre ‘O novo aeroporto de Lisboa e a Linha de TGV.
Os presidentes das Câmaras de Braga e Porto, bem como Jorge Sobrado vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte e um economista, Alberto Castro, defenderam o mesmo: a ligação ao longo do litoral deve ter prioridade.
Frederico Francisco, o antigo membro do governo PS, que nasceu em Cascais se licenciou e fez mestrado em Ciências da Engenharia - Engenharia Aeroespacial pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa, começou por considerar a rede ferroviária de alta velocidade da Península Ibérica uma “rede em estrela” com centro em Madrid e adiantou que, do ponto de vista de Portugal, dar prioridade à ligação de Lisboa a Madrid é fazer da capital portuguesa “mais uma ponta dessa estrela”.
“Esta é uma visão incorrecta da forma como Portugal se deve ligar à rede ibérica de alta velocidade”, sustentou.
“Onde é que estão as pessoas?”, questionou, defendendo que entre Madrid e Lisboa “há poucas pessoas”.
Já entre Braga e Setúbal, como destacou, “há oito milhões de pessoas e se chegar à Corunha são 11 milhões”.
Referindo-se aos estudos de potenciais utilizadores, disse que apontam para um milhão por ano na ligação de Lisboa a Madrid — “pouco mais do que a Linha do Douro e semelhante à Porto-Vigo”.
Acrescentou que para a ligação Lisboa-Porto, incluindo Leiria, Coimbra e Aveiro, pois “quase metade da procura tem origem nestas cidades intermédias”, os estudos indicam um potencial de 16 milhões de passageiros anuais .
Frederico Francisco referiu ainda o potencial dos laços culturais e económicos entre o norte de Portugal e a Galiza.
O orador defendeu que, uma vez estruturado o eixo formado entre Lisboa, Porto e Galiza, já faz sentido estabelecer a ligação a Madrid, pois então a capital portuguesa já não será “apenas mais uma ponta da estrela”.
Frederico Francisco considerou também que Portugal ainda pode ir buscar mais fundos europeus para a linha de alta velocidade, além dos 813 milhões ontem anunciados por Bruxelas.
“A notícia dos 813 milhões de euros dá boas perspectivas para que nos próximos anos, até ao final deste quadro - que termina em 2027 - o país possa ainda, em base competitiva, conseguir mais fundos para este projecto”, observou.
O ex-secretário de Estado e coordenador do Plano Ferroviário Nacional referia-se aos 813 milhões de euros assegurados ontem por Bruxelas para a primeira fase (Porto-Soure) do projeto da linha de alta velocidade Lisboa-Porto.
O consórcio português liderado pela Mota-Engil, que integra ainda a Teixeira Duarte, Casais, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Conduril, posiciona-se como o melhor colocado no concurso público internacional para o troço Porto-Oiã.

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