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2023-05-08 às 06h00
Bruno Gutman, director da Funcex Europa, instalada em Braga, foi o convidado do Programa ‘Da Europa para o Minho’, da Rádio Antena Minho. Brasil vai presidir ao Mercosul, em Julho, e o advogado brasileiro diz ser determinante para fechar acordo com a UE.
“Teremos agora uma grande oportunidade de fazer o acordo União Europeia - Mercosul sair do papel, porque o Brasil vai assumir a presidência do Mercosul, em Julho, e acho que é uma grande oportunidade”. A opinião foi deixada Bruno Gutman, director da Funcex Europa - Fundação do Comércio Exterior do Brasil , no Programa ‘Da Europa para o Minho’, da Rádio Antena Minho, conduzido por Paulo Monteiro e o eurodeputado José Manuel Fernandes.
Numa edição em que se falou das relações empresariais entre Portugal e o Brasil, o advogado brasileiro recordou o caminho traçado pela fundação, até à chegada a Braga - uma das três cidades portuguesas que serve de base para apoio às empresas brasileiras que pretendam desenvolver o comércio exterior com os países da EU e, também, ajudar as empresas europeias que pretendam ingressar no mercado brasileiro.
“Viemos para Portugal pelos motivos óbvios da língua portuguesa, por se entender mais fácil e ser mais fácil fazer negócios. A fundação vê Portugal como a porta de entrada para a Europa, assim como Portugal deve ver o Brasil como ponte de entrada para o Mercosul”, referiu Bruno Gutman, reforçando a ideia de um excelente “oportunidade” com a presidência do Brasil, a partir de 1 de Julho, para se chegar a um acordo final entre a União Europeia e o Mercosul.
“Portugal e Brasil podem ser os protagonistas dessa história. Se aumentarmos esse comércio, criaremos condições para que determinados países se possam desenvolver melhor”, lembrou o director, em consonância com José Manuel Fernandes e Paulo Monteiro, considerando Julho como um mês decisivo.
“Espanha vai assumir a presidência da União Europeia, de 1 Julho a fim de Dezembro, e há uma cimeira, a 16 e 17 Julho, com os países da América Latina e Caraíbas. Esse era um momento ideal para se firmar, definitivamente, o acordo UE-Mercosul. Não vai haver unanimidade do lado da UE, nem a possibilidade de ratificação de todos os parlamentos nacionais, portanto terá de ser um acordo comercial e não um acordo que implica essa unanimidade”, destacou o eurodeputado, considerando haver “pretextos infundados por parte de alguns países”.
“França considera que é problemático, porque tem medo do impacto e força dos agricultores, quando o que vem do Mercosul é menos 2% do que estamos a consumir. Este é um acordo que ajudará ambas as partes, mas que é essencial para a força geopolítica. Só faz sentido um acordo, se ambas as partes ganharem e ambas ganham. É o sector têxtil que tem uma oportunidade de entrada, tal como o calçado, por exemplo. Com a assinatura do Mercosul há um conjunto de oportunidades que se abrem para a UE e América Latina onde o proteccionismo não faz sentido. Infelizmente temos governantes, quando devíamos ter líderes”, frisou José Manuel Fernandes, deixando claro ser “essencial que as democracias se unam”.
“Tenho esperança que este acordo se resolva este ano, mas há gente que não quer acordo nenhum. É um acordo que defende os direitos humanos, aumenta direitos sociais e protege o ambiente. Espero que seja agora, porque a seguir teremos a Bélgica e depois a Hungria e não são países com sensibilidade. Daí a responsabilidade de Espanha para fazer avançar este acordo’, revelou o eurodeputado, dando conta de que “do lado do Parlamento Europeu, que terá de votar, considero que haverá uma maioria, do lado do Conselho não haverá unanimidade”.
Em acordo com José Manuel Fernandes, Bruno Gutman espera que, com Espanha na presidência da UE, e tendo em conta “as culturas similares”, possa ser “aproveitada esta oportunidade para se concretizar este acordo tão esperado, que só vai trazer benefícios para ambas as partes e aumentará a competitividade, já que as indústrias têm que estar tecnologicamente actualizadas”.
“É a grande oportunidade de se concretizar este acordo, com Portugal e Brasil como principais protagonistas”, frisou.
Bruno Gutman abordou ainda a forte comunidade brasileira em Braga: “Portugal atraiu muito, sobretudo pela língua e pela questão da segurança, essa onda migratória de classe média, que está a ocorrer desde 2015. Lisboa é a capital e surgiu no início como cidade referência, de seguida Porto e Braga surgiu como uma potência, porque muitos brasileiros têm laço afectivo com a região do Minho e pela qualidade de vida, por ser uma cidade compacta, há uma grande diversidade de comércio e restauração. Houve um investimento muito grande na área dos serviços, médicos, advogados, engenheiros, empresários com comércio local, área que inclusive movimentou a cidade de Braga. Braga atraiu muitas famílias brasileiras, surgiram muitos serviços e começam a surgir pequenas indústrias, como fábricas. Já temos na região fábricas de pão de queijo a produzir aqui”.
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