Escuteiros portugueses distinguidos com o Prémio Cidadão Europeu
2021-01-21 às 06h00
São muitos os restaurantes que estão a servir refeições em take away e com entregas ao domicílio. É a única ‘bóia de salvação’ de um sector que procura resistir às inúmeras restrições, mas os empresários assumem que é claramente insuficiente.
“Comecei do zero, trabalhei de dia e de noite. Vou lutar até ao fim”. A voz de Ascensão Quintas, gerente e proprietária de um dos mais conceituados restaurantes dos concelho, o Flor de Sal, espelha o desânimo que se vive no sector, mas também o sentimento de resiliência dos empresários da restauração que desde Março de 2020 enfrentam fortes restrições do desempenho da sua actividade. Se 2020 foi mau, 2021 está a iniciar da pior maneira, prevendo-se se que alguns negócios não consigam resistir a este segundo confinamento. É através do serviço de take way que uma percentagem considerável de restaurantes procura fazer face à crise, cobrindo algumas despesas e mantendo alguns clientes. É uma espécie de ‘bóia de salvação’ que serve somente para não afundar.
“Estou a fazer take way somente ao fim-se-semana. O cliente do Flor de Sal não vem à semana buscar comida. Não para o dia-a-dia. Podem vir é ao fim- -de-semana”, diz Ascensão que fala das dificuldades sentidas pelos empresários do ramo: “pagar renda e funcionários é muito complicado. Para mim e para toda a gente”, conta a empresária que conta já com 37 anos no ramo da restauração.
Com seis funcionários efectivos, Ascensão vai tentar manter a equipa. “Não sei se vou conseguir. O take way ao fim-de-semana é muito pouco para cobrir as despesas”, garante a empresária, confessando estar já a viver “de poupanças”, sem saber por quanto tempo. “Mas vou lutar como se tivesse 20 anos. E já tenho 64”, afiança.
Baixar o IVA e assumir o pagamento na integra dos ordenados dos trabalhadores são as medidas que a empresária gostaria que o governo tomasse. “Na Alemanha e na Suíça estão a fazer isso”, afirma.
Há 14 anos a gerir o Palatu, no coração da cidade, José Pinto enfrenta um dos piores períodos da sua vida profissional. É com recurso ao take away que procura obter algum dinheiro para fazer face às avultadas despesas decorrentes sobretudo da factura da renda e dos ordenados de dez funcionários que integram a sua equipa. Além de uma variedade de pratos da cozinha tradicional, o marisco também entra, desde Novembro, na lista de opções que o Palatu oferece ao seus clientes. José só espera que as novas regras não compliquem o já pouco negócio que vai fazendo. “É sobretudo à noite que fazemos algum negócio, nomeadamente à sexta e ao sábado, mas a fechar às 20 horas não dá”, conta o empresário, mostrando a sua revolta pelo facto de serem sempre “os mesmos sacrificados”.
“Dá vontade de fechar de vez, mas não posso desistir porque tenho cinco filhos e uma equipade funcionários que precisa de mim”, desabafa José Pinto.
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