A resposta aos desafios do planeta Terra passa por uma conjugação de esforços de toda a comunidade, especialmente do meio académico, da área empresarial e pelos decisores políticos.
A ideia foi defendida pelo presidente da Agência Espacial Portuguesa, Ricardo Conde, na sessão de abertura da Conferência Nacional de Observação da Terra, que encerra hoje na Universidade do Minho.
Na assistência estiveram cerca de 200 pessoas.
Ricardo Conde destacou que as duas grandes preocupações da sociedade actual são a segurança e as alterações climáticas e que a sociedade portuguesa está empenhada na procura de soluções.
“Não me parece que seja indiferente. Os jovens têm iniciativas e movimentos cívicos e estão motivados para que tenha- mos um modelo de desenvolvimento diferente do que temos. Nós deixamos uma herança tecnológica fantástica, como por exemplo a internet, mas os jovens estão muito mais preocupados do que nós e muito mais informados”, disse Ricardo Conde. O presidente da Agência Espacial Portuguesa acrescentou que muito do conhecimento partilhado na conferência pode ser aplicado no território pelos decisores políticos. “Nas diferentes sessões verifica-se que há algo operacional aplicado ao território. Estou convicto de que sairão daqui pessoas mais motivadas e toda a decisão política será reforçada aqui” destacou Ricardo Conte.
O presidente da Escola de Engenharia, Pedro Arezes, defendeu a necessidade de antecipar a resposta aos desafios da sociedade e que a UMinho pode dar respostas através de algumas das áreas de investigação. “ A investigação cienttífica pode ajudar a mitigar ou a resolver alguns destes problemas. Identificamos que as áreas da Engenharia Aéreo Espacial e da Ciência dos Dados seriam essenciais para a resolução dos desafios”, indicou Pedro Arezes.
O reitor da UMinho revelou que às instituições de ensino superior “têm um papel decisivo nas respostas às necssidades actuais”, como as guerras, os movimentos migratórios ou a violação dos direitos humanos. Rui Vieira de Castro acrscentou que são necessárias “novas políticas públicas e tornar os problemas do nosso planeta algo colectivamente assumido”.
A vereadora do pelouro da Mobilidade da Câmara Municipal de Braga, Olga Pereira, salientou que a conferência “envolve questões ambientais e é uma oportunidade para pensar um futuro melhor. É fundamental convocar a ciência e a engenharia para apontarem soluções”.
A Conferência Nacional de observação da terra prossegue hoje, com sessões sobre a inovação na inteligência artificial, a apresentação de uma aplicação para a monitorização de florestas e agricultura. A partir do meio-dia decorre a mesa redonda subordinada ao tema ‘O Futuro da Observação da Terra em Portugal. Na sessão de encerramento são entregues os prémios do melhor poster e comunicação de estudantes.