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Serviços mínimos não esmorecem luta dos professores
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Serviços mínimos não esmorecem luta dos professores

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Serviços mínimos não esmorecem luta dos professores

As Nossas Escolas

2023-03-03 às 06h00

Marlene Cerqueira Marlene Cerqueira

Ontem foi novamente dia de greve de professores, que tiveram de cumprir serviços mínimos. Docentes concentraram-se à porta das escolas para lembrar reivindicações e exigir respeito.

Citação

A luta dos professores mantém-se e ganhou ontem novo fôlego com dezenas de docentes a concentrarem-se em frente a algumas escolas do concelho, onde recordaram as principais reivindicações da classe e manifestaram a sua discordância face aos serviços mínimos que estão obrigados a cumprir.
À porta da Escola EB 2,3 de Lamaçães, os manifestares manifestaram-se com cravos na mão e máscaras na cara, além de cartazes com frases que lembram as principais reivindicações de uma classe que exige, sobretudo, respeito. Dentro da escola, alguns alunos tomaram também a iniciativa de erguer cartazes, mostrando-se solidários com a luta dos docentes.

Rosália Camarinha explicou à Antena Minho/Correio do Minho que apesar da greve os serviços mínimos impostos pelo Tribunal Arbitral “foram cumpridos na íntegra, ainda que com grande revolta” por considerarem que é mais um direito que está a ser colocado em causa.
A docente recordou algumas reivindicações da extensa lista que justifica a luta da classe docente, onde se destaca a contagem de todo o tempo de serviço; o fim das quotas na avaliação que impede a progressão na carreira; a Caixa Geral de Aposentações para todos os docentes; e um concurso de colocação de professores justo e não aquele que o Governo pretende implementar. “No fundo, queremos respeito”, vinca. “Quando o Ministério da Educação estiver disposto a sentar-se e levar estes assuntos à mesa de negociação, aí sim vamos acreditar que o Governo está de boa-fé. Isso não tem acontecido até agora”, refere, garantindo que os professores não vão para a luta e prova disso é a mobilização que está a ser feita para que amanhã, no porto, milhares de docentes se manifestem.

Sem conseguir esconder a emoção, Paula Cataluna também esteve nesta concentração à porta da EB 2,3 de Lamaçães. Professora contratada há vinte anos, andou 15 anos “a concorrer a nível nacional”.
Deixou de o fazer quando teve a filha, mas tinha esta três anos quando, para voltar a dar aulas, teve de voltar a fazer mala. Foi para Lisboa e a filha ficou cá com o pai. “Foi muito duro e isso marcou minha filha”, conta, referindo que este ano está cá em Braga, mas teme que no próximo ano, para efectivar, seja obrigada a rumar ao sul do país. “Como querem ter qualidade no ensino se não dão estabilidade profissional e emocional aos professores?”, questiona, lembrando que além da violência de “os professores serem obrigados a ir trabalhar para longe da família, não recebem qualquer ajuda para isso”.

A concentração de professores repetiu-se à porta de outros estabelecimentos de ensino, sendo que desta vez nenhum fechou devido à obrigação de cumprir os serviços mínimos.
À porta da Escola Carlos Amarante também se concentraram cerca de duas dezenas de professores, com as mesmas reivindicações, mas em especial contra a forma como é feita a avaliação de docentes. “Estamos a lutar por justiça e também a demonstrar o nosso descontentamento pelo facto de as direcções serem como que comissárias das políticas do Governo”, disse uma das docentes em manifestação.

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