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Série televisiva ‘Braga’ permite debater a inclusão social e alertar consciências

Braga

2023-06-09 às 06h00

Miguel Viana Miguel Viana

Conjunto de oito episódios começou a ser exibido na quarta-feira na RTP1. A série aborda temas como a exclusão social, o racismo ou a pedofilia. Filmagens em vários pontos da cidade, inclusive Jornal Correio do Minho e rádio Antena Minho.

Citação

‘Braga’ é o título da nova série policial que pode ser vista às quartas-feiras à noite (21 horas), na RTP1.
Idealizada por Tino Navarro e Tiago Santos, a série de oito episódios foi apresentada esta terça-feira em ante-estreia no Theatro Circo.
A história tem por base a chegada de um jovem padre a Braga, onde trabalhará com a comunidade de um bairro desfavorecido (Bairro das Enguardas) e onde conhecerá Carlitos (Luís Henrique Matos), um rapaz de etnia cigana que, em confissão, lhe revela um caso de pedofilia. Quando o rapaz ganha coragem para contar o que lhe aconteceu, aparece morto no Miradouro do Bom Jesus. A Polícia Judiciária começa a investigar.
Tino Navarro, um dos autores da série, revelou que a história “reflecte muito da realidade”. O autor acrescentou que a elaboração do guião levou-o a “fazer bastante pesquisa, a perceber a cidade, as dinâmicas. Braga é uma cidade jovem, com muita malta nova e é a cidade dos bairros mais escondidos como é o caso das Enguardas, que tem os seus problemas de inserção social”.

Tino Navarro acrescentou que a série aborda, ainda, “a nossa maneira de ser e os nossos problemas. Esta série aborda a exclusão social e os problemas dos bairros sociais e a pedofilia e a investigação policial, com uma certa promiscuidade entre a comunicação social e a polícia”.
O realizador Pedro Ribeiro frisou que as filmagens da série implicaram que tivesse que residir na cidade durante três meses e enalteceu o comportamento da população e dos actores e técnicos locais. “É uma cidade que tem muita vida e que nos acolheu muito bem. Fomos muito bem recebidos em todo o lado. As pessoas foram sempre muito agradáveis”, disse Pedro Ribeiro.

Sobre a escolha dos locais de filmagem, Pedro Ribeiro salientou que “é fácil gravar em Braga. Tem vários ambientes que é fácil escolher”.
O elenco conta com actores consagrados e actores locais, como é o caso de Rui Madeira, que encarna a personagem do Monsenhor Abel. “Os anos que levo de Braga permitiram-me ter um conhecimento mais profundo da igreja (católica) e isso foi muito importante para a construção do meu trabalho”, disse Rui Madeira. O actor acrescentou que a série aborda uma temática actual. “Toca na questão da diversidade cultural, a situação da comunidade cigana, a relação da igreja com as várias comunidades e a questão da pedofilia”, indicou Rui Madeira.

O actor Carlos Sebastião é o ‘Arcebispo de Braga’ da série. “É uma série com muita qualidade e muito bem escrita e muito bem representada. O tema da pedofilia está tratado com muita delicadeza, mas de forma incisiva”, admitiu Carlos Sebastião.
Hélder Afonso, o padre António da série, agradeceu ao realizador e ao restante elenco pelo apoio prestado. O actor reforçou que “toda a história é ficção mas aborda assuntos que estão na ordem do dia e é importante pensarmos perspectivas e ouvirmos novas opiniões e contrutivamente trazer o assunto para discussão na nossa sociedade”.
Apesar de ‘intimidado’ pela presença de muita gente na ante-estreia, o jovem Luís Henrique Matos, que dá vida a ‘Carlitos’, convidou os presentes “a verem a série” e agradeceu a Tino Navarro por lhe ter dado um dos papéis principais da série.

José Fragoso, director de programas da RTP mostrou-se convencido que a série ‘Braga’ vai fazer sucesso em contextos internacionais. “Braga será uma das séries que seguramente nos próximos anos, além dos espectadores que vai conseguir em Portugal, vai conseguir sair do nosso mercado. É uma série que pode ter um percurso internacional porque é um tema absolutamente universal”, indicou José Fragoso.
Em representação da Câmara Municipal de Braga, o vereador Altino Bessa, revelou que o investimento municipal foi de cerca de 40 mil euros “em espécie, em dormidas, comida e logística. Foi muito fácil trabalhar com o Tino Navarro e com a RTP. A história vai mostrar Braga na sua inclusão e exclusão”.

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