O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, defendeu hoje, em Matosinhos, que a segurança rodoviária deve ser “um dever primário” das crianças, 'tão importante como o não roubar ou não fazer mal aos outros'.

“É absolutamente decisivo que ensinemos esse dever às crianças desde muito cedo, é disso que depende a nossa batalha de diminuir o número de acidentes e de mortos nas estradas”, afirmou Rui Pereira esta manhã, na cerimónia de assinatura do protocolo da criação da Rede Distrital de Escolas de Referência para a Educação Rodoviária.

Para o ministro, este protocolo corresponde “exatamente” ao que é preciso fazer em matéria de segurança rodoviária, “colocando nas crianças esse dever, primário, de atuar com precaução, enquanto automobilista mas também peão”.

Com este protocolo, uma iniciativa do Governo Civil do Porto que conta com a colaboração da Direcção Regional da Educação do Norte, PSP e GNR, uma escola de um agrupamento de cada município do Porto terá um circuito rodoviário para a promoção de ações de sensibilização de educação rodoviária.

As escolas terão ainda uma sala de formação com meios audiovisuais, proporcionando aos alunos conhecimentos e competências necessárias a uma adequada integração na circulação rodoviária.

A assinatura deste protocolo aconteceu no âmbito das comemorações do Dia da Memória, o que levou o ministro a afirmar querer “honrar a memória dos mortos em acidentes rodoviários”.

Para Rui Pereira, esta iniciativa do Governo Civil do Porto dará “frutos que se irão refletir na estratégia de segurança rodoviária” delineada pelo Governo.

“A nossa estratégia aponta para colocar o país na linha da frente dos países mais seguros em matéria de circulação rodoviária na Europa e tudo faremos para alcançar esse objetivo”, frisou.

O ministro não tem dúvidas que a “sensibilização das crianças tem um papel importantíssimo”, aprendendo na escola que “têm o “dever de manter o ambiente, de contribuir para o pagamento de impostos e de manter as estradas e o ambiente rodoviário seguro”.

O ministro escusou-se a comentar outro assunto que não fosse relacionado com o tema hoje em destaque, designadamente o que aconteceu aos blindados para a PSP que deveriam ter chegado a Portugal para a Cimeira da NATO.

“Seria uma grande falta de sensibilidade da minha parte num dia em que estamos a homenagear os mortos na estradas, as suas famílias, falar de qualquer outra coisa”, disse.

*** Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico ***