Todos os níveis de ensino, do pré-escolar até ao secundário vão ser contemplados com transporte gratuito e em Janeiro de 2024 a gratuitidade vai chegar também aos alunos dos níveis superiores, assegurou Ricardo Rio, presidente da Câmara de Braga, sexta-feira à noite, em Assembleia Municipal.
São garantias que o edil deu na discussão do ponto 6 da ordem de trabalhos, Contrato-programa a celebrar entre o Município de Braga e os TUB – Transportes Urbanos de Braga, E.M., para a realização do serviço público de transporte escolar especializado, ‘School Bus para Todos’, que foi aprovado com ampla maioria.
Em resposta a questões antes suscitadas pela oposição, sobre escolas não contempladas no contrato (ver coluna ao lado), Rio salientou que” são definidos critérios” e adiantou que os TUB “priorizaram” escolas já antes servidas por transporte escolar, daí que “nem todas estão ainda abrangidas”.
As crianças são acompanhadas “por monitores devidamente acreditados”, garantiu ainda.
Rio vincou o objectivo de este ser um transporte “mais qualificado” e “para todos” e lembrou que o projecto começou a ser implementado já há uns anos “na malha urbana”.
Inicialmente o projecto teve como propósitos a diminuição do tráfego, envolvendo privados como os colégios D. Diogo de Sousa, Teresiano, João Paulo II, Paulo VI e Leonardo da Vinci, mas Sá de Miranda e André Soares, entre outros, “foram servidos desde a primeira hora”.
O objectivo era que os pais não tivessem que ir a essas zonas mais congestionadas, frisou.
Este alargamento que agora se verifica tem um objectivo diferente, explicou.
“O primeiro é criar esse serviço dedicado para todos os alunos dos diversos graus de ensino em todas as escolas”, afirmou, assegurando que escolas ainda não abrangidas nesta adenda ao contrato-programa “vão ser até ao final do mandato”.
“Não é um serviço disponível a qualquer hora do dia, nem para todas as ligações das casas dos alunos aos equipamentos escolares”, realçou.
Ainda segundo o presidente da Câmara, a mobilidade é uma “questão crítica para qualquer território”.
“Numa cidade como Braga não se resolve em termos estruturais com a criação de novas vias, resolve-se com a substituição dos modos de transporte”, adiantou.
Rio sustentou que o uso de transportes públicos “é, sobretudo, uma questão cultural”.
Daí, prosseguiu adiante, “é preciso apostar nas novas gerações e por isso nos últimos anos os TUB apostaram num público mais jovem, para tentar seduzir os jovens”.
Ainda antes do passe para menores de 23 anos oferecido pelo governo, frisou, já a Câmara de Braga “tinha isenção total para alunos até ao 12.º ano, já tinha reduzido em 50% para os alunos universitários e já tinha assumido o compromisso que vai cumprir em Janeiro de isentar todos os alunos universitários”.
O presidente da Câmara fez um recuo à história recente daquela empresa de transportes tutelada pela autarquia.
Disse que os TUB foram a única empresa de transportes públicos a registar em número de passageiros crescimento sustentado todos os anos, de 2013 a 2019; que no ano corrente já passaram em cerca de 6% o melhor ano de sempre que tinha sido 2019 e que de uma frota de autocarros “obsoleta, com 25 e 30 anos e a poluir” passa hoje a uma frota “amiga do ambiente”.