Um protocolo assinado entre o presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, José Peixoto Lima, e Rosalía Vargas, presidente da Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, visa qualificar naquele concelho a produção de camélias.
A autarquia tem três anos para implementar aquela estrutura, avisou Rosalía Vargas, ao usar da palavra, ontem, após a sessão da assinatura do protocolo, que teve lugar numa tenda montada junto ao edifício dos paços do concelho, no decorrer da Festa Internacional das Camélias.
“O prazo”, salientou Rosalía Vargas, “é para cumprir: parece muito tempo, mas não é”.

A presidente da Ciência Viva definiu a quinta a criar como um “museu vivo que é também um centro de ciência” e frisou que “não é só para a região, mas para todo o país”, lembrando que ao nível nacional existem já vinte e um centros de ciência viva.
Por sua vez, o presidente da Câmara, José Peixoto Lima, ao usar da palavra considerou que a partir de agora “temos um grande desafio pela frente de implementar este ambicioso projecto que há-de transformar-se num projecto-âncora do desenvolvimento deste concelho, ligado com as camélias, mas também com as artes, a inovação e a cultura”.
O edil, que apontou adiante a cultura da camélia como factor de “coesão e de sentido de pertença” lembrou as acções que a autarquia tem vindo a estimular, seja em concreto na produção daquela flor, seja no estímulo à sua sedimentação enquanto objecto de inspiração, promovendo residências artísticas e a própria Festa das Camélias.

“Toda a nossa população é vinculada a projectos inovadores, promotores daquilo que melhor nos identifica e, acima de tudo, que cria coesão, sentido de pertença, orgulho, como acontece com esta festa, produto de toda uma comunidade que se une, se mobiliza e empenha na sua concretização”, afirmou.
Peixoto Lima sustentou que o projecto permitirá “potenciar o património natural, cultural e social numa óptica de saber fazer, de inovação, transferência de conhecimento para o mercado, desenvolvimento económico local e de diversificação da oferta turística”.
O presidente da Câmara aludiu ainda à difusão da camélia neste território, realçando que já não é só nas casas senhoriais.
“Hoje as camélias estão nos jardins públicos, e também em quase todos os jardins privados”, acentuou.

Catarina Marinho eleita Rainha das Camélias

O Desfile de Princesas e Rainha das Camélias foi um dos pontos altos do programa da 20.ª Festa Internacional das Camélias que prossegue hoje em Celorico de Basto.
Catarina Marinho foi eleita rainha das Camélias, Cláudia Lopes a primeira dama de honor e Catarina Mendes a segunda dama de honor.
A Quinta do Prado voltou a ser o palco da rainha das camélias, um desfile de moda que contou com 26 candidatas a rainhas e 20 princesas.
Segundo a autarquia, é a maior participação de sempre, num desfile que tem vindo a crescer em arrojo e audácia, com as camélias como fonte de inspiração.

Para o presidente da Câmara Municipal, José Peixoto Lima, “está na hora de dar um salto qualitativo a este desfile, queremos que ganhe projecção nacional e internacional, sempre com prioridade para os nossos, as costureiras, estilistas, designers e apaixonados pela moda, mas queremos também abrir as portas a universidades, institutos politécnicos, escolas profissionais, estilistas nacionais”.
“ Este ano já tivemos participantes de fora do concelho, e um maior número de participantes de Celorico de Basto que nos apresentaram peças feita com muita qualidade, arrojo, e priorizaram a utilização de materiais sustentáveis. Estamos todos em sintonia e vamos continuar a apostar nesta iniciativa como forma de impulsionar a nossa festa internacional, inspirada na beleza das camélias”, adiantou.
Este desfile de moda pretende mostrar vestidos (coordenados) transformados em obras de arte, com as camélias como motivo inspirador. É valorizada a criatividade, a originalidade, o corte, a beleza da peça no seu todo, a inspiração nas camélias.