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Professor da Universidade do Minho entregou livro a Cavaco

Braga

2011-08-03 às 06h00

Redacção Redacção

Primeiro exemplar de ‘Casos de Desenvolvimento Regional’, obra coordenada por Rui Nuno Baleiras, professor da Universidade do Minho, foi entregue ao Presidente da República.

Citação

O Presidente da República recebeu há dias o primeiro exemplar do livro ‘Casos de Desenvolvimento Regional’, através do coordenador da obra, Rui Nuno Baleiras, que é professor da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho. O acto teve lugar no Palácio de Belém, numa audiência concedida por Cavaco Silva à Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Regional (APDR), que promove o volume de 798 páginas.

A sessão contou ainda com Francisco Nunes Correia (prefaciador da obra, professor do Instituto Superior Técnico e ministro do Desenvolvimento Regional em 2005-09), António Simões Lopes (primeiro líder da APDR, em 1984-90, professor e ex-reitor da UTL) e Tomaz Ponce Dentinho (presidente da APDR e professor da Universidade dos Açores).

Os 46 capítulos do livro foram escolhidos através de um pro-cesso competitivo, havendo vários textos de investigadores da UMinho, designadamente José Cadima Ribeiro, Francisco Carballo-Cruz, Rui Nuno Baleiras e Nuno Pinto Basto (todos da Escola de Economia e Gestão), Paula Remoaldo e Vítor Ribeiro (ambos do Instituto de Ciências Sociais).

‘Casos de Desenvolvimento Regional’ incide na economia e política do desenvolvimento regional, que é também definido como a “melhoria sustentável da qualidade de vida das pessoas”. A obra editada pela Perícia, baseia-se no estudo de casos, fazendo a ponte entre doutrina e prática e dando soluções para problemas reais, como a produção de aplicações estatísticas ou de informação geográfica no apoio ao planeamento e decisão executiva, a elaboração de planos estratégicos, a mobilização de agentes económicos, a dinamização de acções colectivas em prol da competitividade ou a avaliação de políticas privadas e públicas e de processos endógenos de desenvolvimento.

São referidos exemplos de Portugal, Espanha, Brasil e São Tomé e Príncipe. Em concreto, explica-se os factores de sucesso e os riscos de projectos como o ‘Biocant Park’ (ninho de unidades empresariais e de I&D de biotecnologia, em Cantanhede), o ‘Queijo Matias’ (empresa familiar que se internacionaliza graças a um produto da Serra da Estrela e da cooperação com agentes locais), o Quadrilátero Urbano do Minho (parceria de competitividade e inovação que une quatro municípios, a UMinho, a AIMinho e o CITEVE), o PROQUAL (programa de qualificação física, social e económica nos subúrbios de Lisboa), as parcerias do PROVERE na competitividade de territórios de baixa densidade (Rota do Românico do Vale do Sousa, Cultura Avieira no rio Tejo, entre outras) ou o processo de convergência do PIB per capita do Norte para a média nacional.

Rui Nuno Baleiras: “os portugueses desperdiçam muitas oportunidades para prosperar”

Para Rui Nuno Baleiras, que foi secretário de Estado do Desenvolvimento Regional no primeiro Governo de José Sócrates, “os portugueses desperdiçam muitas oportunidades para prosperar porque cometem dois erros frequentes: individualismo e ‘reinvenção da roda’”.

“O primeiro erro impede que a cooperação entre actores possa superar a desvantagem comparativa da escala do país em termos de competição internacional; o segundo erro decorre do desprezo ou ignorância que muitos decisores públicos e privados revelam perante as políticas legadas pelos antecessores, e de as substituírem por novas orientações sem avaliarem o que foi feito. Com isto, os sinais dados aos destinatários das políticas tornam-se erráticos e geradores de desconfiança ou incredulidade perante as novas medidas anunciadas pelos líderes”, sublinha.

O livro ‘Casos de Desenvolvimento Regional’ visa também alertar a opinião pública para estes erros e mostrar soluções para os evitar. A discussão dos casos apresentados revela “as vantagens da cooperação sobre o individualismo e os factores de sucesso e insucesso cujo conhecimento evitará a futuros decisores e líderes públicos e privados cometer erros do passado ou recomeçar a partir do zero”.

Na introdução, Rui Nuno Baleiras chama a atenção para os riscos de Portugal se centrar nos tratamentos de emergência dos graves problemas económicos que vive sem, na verdade, atender a uma visão de médio e longo prazo. “Às vezes parece que conduzimos o automóvel olhando para os atacadores e, quando assim é, o desastre é inevitável”, defende. O professor da UMinho vê com preocupação a redução da política de desenvolvimento regional à mera gestão financeira do QREN e sublinha que “a execução financeira dos fundos comunitários não pode ser feita a qualquer preço e sem critérios de selectividade”.

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