Problemas em vendas à porta de casa ou pela internet e questões de consumo em comunicações, energia ou telemóveis foram abordados durante uma sessão de prevenção a fraudes na idade sénior, que teve lugar ontem na Casa do Areal, em Braga.
Caso tenha alguma dúvidas não compre nem assine, tente aconselhar-se junto de algum familiar ou pessoa de confiança: é um dos principais conselhos que José Bernardino, da Direcção-Geral do Consumidor (DGC), que está a levar a cabo uma campanha nacional, transmitiu em sessão sobre a tema ‘Escolha bem:?Dicas de Consumo para decisões acertadas’.
Algumas utentes afirmaram ter cuidados de não abrir portas a estranhos.
Fernando Viana, do CIAB?- Tribunal Arbitral de Consumo, lembrou que há grupos sociais vulneráveis, entre os quais os mais jovens e os idosos.
Aquele responsável defendeu a reedição, com actualização, do Guia do Consumidor Idoso, pois a digitalização está a tornar para este grupo etário a vida “mais complexa” com os bancos à distância de um click numa aplicação de telemóvel.
Por outro lado, destacou ainda, muitas vezes os mais velhos são estimulados a comprar coisas “que não lhes fazem falta”.
Apontou como exemplo um purificador de água. “A?água da rede pública de abastecimento é verificada todos os dias”, frisou, assegurando que, assim, “não faz nenhum sentido comprar um purificador”.
Fernando Viana lembrou que o CIAB é um serviço público que funciona de forma gratuita, onde se podem dirimir questões de consumo, como são os casos de reparações de aparelhos ou de prazos de garantia.
Neste âmbito, distinguiu as compras efectuadas em lojas de profissionais dos negócios que são feitos entre particulares, que têm menos garantias.
Carlos Malheiro, do Gabinete de Apoio ao Consumidor do Município de Braga, explicou que aquele serviço funciona no Posto de Turismo para esclarecer dúvidas.
Caso observe que se trata não de uma necessidade de esclarecimento mas de uma questão de conflito o consumidor é aconselhado a recorrer ao CIAB, explicou, alertando para a frequência de práticas comerciais que induzem em erro ou que criam falsas expectativas.