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Praias do Norte com nadadores-salvadores suficientes na maioria dos concelhos

Casos do Dia

2025-06-14 às 16h30

Redacção Redacção

A maioria das praias marítimas da zona Norte do país, desde Espinho até Caminha, terá vigilância assegurada no arranque da época balnear, este sábado, garantiram os responsáveis de quatro associações de nadadores-salvadores da região.

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Estas entidades, que se encarregam da formação e recrutamento de profissionais de salvamento, estimam ter, este ano, cerca de 700 nadadores-salvadores a trabalharem nos areais dos municípios de Espinho, Vila Nova de Gaia, Porto, Matosinhos, Vila do Conde, Póvoa de Varzim, Esposende, Viana do Castelo e Caminha.

Grande parte do dispositivo já está assegurado e com escalas definidas, mas em alguns concelhos, nomeadamente Esposende, distrito de Braga, e Caminha, distrito de Viana do Castelo, ainda não há certezas de que haja nadadores-salvadores suficientes.

“Em Esposende, onde há 14 postos de praia, três deles assegurados pela câmara, será muito difícil a época balnear arrancar com normalidade. Até ao momento, julgo que não haverá elementos para todas as praias”, disse à Lusa Rui Cardoso, da associação Coordenada Decimal, com sede em Viana do Castelo.

O responsável fala num contexto semelhante, "embora um pouco melhor em termos de efetivos", para as praias de Caminha, onde a autarquia assegura a vigilância em cinco zonas não concessionadas, recorrendo aos serviços da associação.

Mais estável está a situação no concelho de Viana do Castelo, onde existe um protocolo com a Câmara Municipal e a associação, que permite um planeamento adiantado.

“Somos competitivos nas remunerações que pagamos aos nossos nadadores-salvadores, mas estes nunca são suficientes. Tentamos colmatar com outras pessoas disponíveis no país, por exemplo, em Braga, onde há muitos jovens que estão dispostos a mobilizar-se”, disse Rui Cardoso.

Mais a sul, na Póvoa de Varzim, Vila do Conde, Matosinhos e Porto, é a associação Os Golfinhos que gere a formação e recrutamento dos nadadores-salvadores, com Carlos Ferreira a garantir que tudo está pronto em termos de efetivos.

“Temos 450 a 500 nadadores-salvadores para estes concelhos com uma excelente articulação com as câmaras o que é fundamental. O plano está completo e pronto para ser implementado nas praias no arranque da época balnear”, disse o líder da associação.

O responsável pelos Os Golfinhos partilha exemplos que ajudam a atrair inefetivos, com nas autarquias da Póvoa de Varzim e Vila do Conde que ressarcem os nadadores-salvadores dos custos do curso de formação, caso estes optem por trabalhar nas praias locais.

“Com esse incentivo, e os valores das remunerações, temos conseguido atrair os jovens para a atividade. Além disso, fazemos ações nas escolas que promovem a atividade”, explicou.

Nas praias de Vila Nova de Gaia, com um das zonas costeiras mais extensas do país, também existe um protocolo entre a associação de nadadores-salvadores Summer Priority e a autarquia, que ajuda a que o efetivo esteja pronto, com mais de 90 nadadores, 55 deles em permanência.

“Não temos sentido dificuldade, graças à melhoria das condições e remuneração. Há uns anos, um nadador-salvador ganhava 600 euros a trabalhar todos os dias, neste momento é mais do dobro. Isso atrai”, explicou Frederico Rosa.

O presidente da Summer Priority reconheceu, ainda assim, que a tarefa de recrutamento não é fácil, e deixou uma sugestão para cativar mais jovens para a atividade.

“Fazer escalas em junho é difícil, pois muitos destes jovens são estudantes universitários com exames. Como é um trabalho de três meses, não conseguem ter o estatuto de trabalhador-estudante e aceder a uma época especial de exames. É algo que a parte política deve rever”, partilhou.

Em Espinho, e também Ovar, o recrutamento e formação são feitos pela associação Safetynor, onde Álvaro Brandão supervisiona o processo, lamentando o menor envolvimento das autarquias em relação a outros concelhos.

“Já temos todas as escalas preenchidas. É um trabalho contínuo para garantir uma equipa estável. Era desejável maior apoio das câmaras”, desabafou.

O responsável diz que a segurança das praias devia “ser uma tarefa dos municípios”, mas lamenta que nem sempre haja o reconhecimento do trabalho da associação, que terá cerca de 50 nadadores-salvadores diariamente nas praias dos dois concelhos.

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