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“Portugal não pode ser mero actor, mas tem que ajudar a escrever o guião dos fundos”
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“Portugal não pode ser mero actor, mas tem que ajudar a escrever o guião dos fundos”

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“Portugal não pode ser mero actor, mas tem que ajudar a escrever o guião dos fundos”

Cávado

2018-09-15 às 06h00

Isabel Vilhena Isabel Vilhena

José Manuel Fernandes deixou o alerta que o país deve ter um papel activo no guião dos fundos. Também o autarca de Vila Verde defendeu que o Governo deve criar mecanismos de acesso aos fundos para os territórios de baixa densidade.

Citação

“Portugal não pode ser um mero espectador ou actor, mas tem que ajudar a escrever o guião dos fundos comunitários”, mas para isso “é preciso saber o que queremos e o que cada território precisa para ajudar na elaboração dos programas europeus”. O alerta deixado ontem, em Vila Verde, pelo eurodeputado José Manuel Fernandes no Fórum Comunidades Empresariais Portuguesas no Mundo, organizado pela Associação Comercial de Braga, em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Cávado e a Câmara Municipal de Vila Verde.
Nesta página dos fundos, e em particular o Portugal 2020, José Manuel Fernandes, coordenador do PPE na Comissão dos Orçamentos do Parlamento Europeu, afirma que a “sua execução é de apenas 30 por cento. Dos cerca de 17 mil milhões autorizados, temos pagos pelo orçamento da União Europeia apenas 7 mil e 200 milhões. Estão ainda muitos recursos por utilizar”.
O eurodeputado lamenta ainda que a distribuição de fundos pelo território “não seja feita da melhor forma”, lembrando que o fundo de coesão existe para combater as assimetrias que existem no país, mas “estes territórios mais desfavorecidos que são os mais contribuem para esse fundo, não têm recebido as verbas a que têm direito porque estas ficam em Lisboa”.
Nesta matéria, o presidente da câmara de Vila Verde, António Vilela, voltou a alertar o governo no sentido de ter uma atenção redobrada aos territórios de baixa densidade. “Uma atenção aos territórios que necessitam, em termos de desenvolvimento, de convergir, com os territórios mais desenvolvidos, como é caso de uma boa parte dos concelhos da CIM do Cávado”. Para António Vilela “este crescimento só pode acontecer se estes territórios forem diferenciados pela positiva de modo a poderem atrair investimento e criar riqueza”. Vilela afirma que “é responsabilidade do Governo assegurar mecanismos próprios de acesso aos fundos para territórios de baixa densidade, para além da criação de incentivos às empresas para que se instalem nestes territórios menos desenvolvidos”.
Na sessão de abertura, Mário Santos, vice-presidente da Associação Comercial de Braga e do Conselho Empresarial da Região do Ave do Cávado (CEDRAC) , salientou que “este fórum teve como objectivo reflectir sobre o papel da rede institucional de apoio às comunidades empresarias portuguesas no estrangeiro, em especial no que respeita à exportação e internacionalização dos negócios”, acrescentando que “estas comunidades empresariais espalhadas pelo mundo são um activo estratégico relevante para a promoção e reconhecimento internacional do nosso país O envolvimento activo destas comunidades é fundamental para o futuro da sociedade e economia portuguesa”.
Num debate moderado por Mário Costa, da União de Exportadores da CPLP, João Sardo do Forum Consulting Marketacess foi um dos oradores convidados explicou as diferenças entre exportação e internacionalização. “Não basta querer internacionalizar, é preciso que a empresa tenha no seu ADN uma cultura de internacionalização. Na actuação do plano internacional é preciso ter em conta as diferenças culturais, económicas sociais, ambientais, etc”.
Luis Reis, da AICEP, deixou o aviso à plateia de empresários “que antes dos incentivos, é preciso a capacitação das empresas de modo a responder aos permanentes desafios da globalização”, defendendo que “temos que depender menos das grandes empresas exportadoras e mais das pequenas e médias empresas”.

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