Braga Romana arranca com a magia da ‘Florália’
2010-11-01 às 11h36
Um vaso cheio de trevos de quatro folhas é uma das atrações das hortas urbanas de Ponte de Lima, onde se colhe de tudo um pouco, até mesmo “banhos de saúde e pedaços de paz”.
Um vaso cheio de trevos de quatro folhas é uma das atrações das hortas urbanas de Ponte de Lima, onde se colhe de tudo um pouco, até mesmo “banhos de saúde e pedaços de paz”.
Inauguradas há um ano, as hortas em Ponte de LIma contam com 36 lotes, cada qual com uma área entre 40 a 45 metros quadrados, que foram atribuídos pela Câmara àqueles que manifestaram interesse em cultivar a terra.
Cândida Esteves, 54 anos, diz, com orgulho, que foi a primeira a tomar conta de um lote, passando desde então a dedicar “pelo menos” seis horas do seu dia à agricultura, apesar de debilitada do braço direito, fruto de um acidente de trabalho em França.
“Aqui, colhe-se de tudo”, atira Cristina, numa espécie de visita guiada às hortas.
Fala nas beringelas, “que são boas para o colesterol e diabetes”, nos aipos, “que dão o sabor do sal mas que não contêm sal”, nas calêndulas, “que dizem que são as enfermeiras da horta” e nas couves, “das melhores que há para a ceia do natal”.
“Leio muito sobre plantas, e também ainda tenho na memória muitas coisas que a minha avó me ensinava”, explica.
No lote de Cristina, salta à vista um vaso carregado de trevos de quatro folhas.
“Encontrei um há quatro anos, aqui, em Ponte de Lima, apanhei-o, plantei-o neste vaso e aqui está, cheio como um ovo. Se me tem dado sorte? Penso que sim, pelo menos tudo o que aqui planto nasce”, refere, com algum humor.
Morangos, cebolas, couves, malaguetas, rebentos, nabiças, ervilhas, flores, salsa, rosmaninho, hortelã, amoras, de tudo um pouco se colhe naquelas hortas.
“Mas sabe o que é que aqui se colhe também? Pedaços de paz e banhos de saúde”, confessa, com simplicidade, Cristina, garantindo que a taquicardia de que sofria diminuiu, o stress desapareceu e o colesterol está controlado.
É por isso que esta antiga cozinheira em França aceitou “de bom grado” ocupar-se de mais quatro lotes daquelas hortas, cujos proprietários “não têm tempo” para as lides agrícolas.
Dos 36 lotes das hortas urbanas de Ponte de Lima, apenas um está por atribuir, contando-se entre os proprietários um arquiteto, um agente da PSP ou um professor do ensino superior.
A Câmara de Ponte de Lima criou, em inícios de novembro de 2009, o projeto 'Hortas Urbanas', distribuindo, pelos munícipes interessados, lotes de terreno para cultivo agrícola, na Veiga do Crasto, mesmo às portas da sede do concelho.
Além do lote de terreno, o Município disponibiliza também um ponto de água para a rega das culturas, um abrigo comum para armazenamento dos utensílios agrícolas e um espaço para compostagem ou colocação de estrumes.
Fornece ainda informação sobre os modos de produção e práticas culturais ambientalmente corretas.
***Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico***
19 Maio 2025
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