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Pelas rotas do Eixo Atlântico
Recorde de golos difícil mas possível

Pelas rotas do Eixo Atlântico

Um ano de comemorações do universo camiliano

Pelas rotas do Eixo Atlântico

Alto Minho

2020-07-04 às 07h00

Redacção Redacção

Natureza, história, arquitetura, gastronomia e, além disso, a segurança necessária em tempos de pandemia. Tudo isso e muito mais oferecem as cidades do Eixo Atlântico. Trinta e cinco destinos espalhados entre a Galiza e o Norte de Portugal que o jornal Correio do Minho convida os seus leitores a descobrirem em dois especiais, em duas rotas: as paisagens interiores e outra (na próxima semana) ao longo da costa.

Citação

O momento não é para des-tinos longos ou multidões. Pelo contrário. É?tempo de ir a fundo nos paraísos mais próximos. Assim devem ser as férias de Verão que acabaram de começar e as duas rotas que traçam as 35 cidades do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular são os destinos perfeitos. De automóvel, sete dias e muito desejo, é tudo o que é necessário para desfrutá-los. Se a tranquilidade é garantida, o cenário, a culinária e todos os ingredientes que tornam a viagem uma experiência especial também.
Nada melhor do que iniciar a?primeira das rotas, que levará o ao interior do Eixo, com uma boa dose de mar e costa na Marinha Lucense. De Ribadeo a Vicedo, o Mar da Cantábria oferece sensações naturais únicas, com a majestosa Praia das Catedrais como o exemplo mais ilustrativo. Barreiros, com a praia de Lóngara; e Foz, com A Rapadoira, também são paragens essenciais. Também merece uma visita Cervo, onde o marquês de Sargadelos fundou a famosa fábrica de cerâmica no século XIX; Burela, um dos maiores portos de pesca da Galiza e, é claro, Viveiro, a cidade mais monumental de toda a Mariña.
Sempre combinando a paisagem com boa comida e boa bebida, o percurso percorre os prados verdejantes da Terra Chá, com Vilalba e Torre dos Andrade como ponto de referência, para chegar a Lugo, cuja impressionante Muralha Romana, a mais bem preservada da península, é um convite para não viajar no tempo. Mas, assim como é essencial percorrer os quase 2,3 quilómetros dessa caminhada de dois milénios, também está a vistar a cidade velha ou a catedral (declarada pela UNESCO como património da humanidade) e desfrutando do polvo à feira, o pernil com grelos ou as filloas com mel.
De Lugo, o caminho pelos paraísos do Eixo desce para Sarria, uma das paragens fundamentais do Caminho Francês até Santiago de Compostela. O Mosteiro da Madalena, fundado no século XII para acomodar os peregrinos, e a Torre do Batallón, a única sobrevivente da antiga fortaleza de Sarria do século XIII, são os monumentos mais marcantes do que hoje é uma cidade moderna, com grandes áreas de lazer como a Praza de la Vila, o Paseo do Malecón ou o Parque do Chanto, além de restaurantes onde você pode saborear o famoso ensopado de carne de porco celta. Mas não pode atravessar Sarria sem ir a Samos e visitar o emblemático Mosteiro de San Xulián. Fundado no século VI, o templo, atualmente beneditino, é um dos três mosteiros que ainda são habitados por monges na Galiza. Destacam-se os seus dois claustros e a sua grande e atual igreja barroca.
O próximo destino será Monforte de Lemos, embora, antes de chegar e de acordo com o itinerário escolhido, o caminho o convide a fazer uma pausa ocasional para contemplar, por exemplo, palácios como Dompiñor, que se eleva acima do vale do Incio. Mais do que justificado é também abordar Folgoso do Courel e visitar a aldeia de Seceda, cuja restauração o tornou um local cheio de charme e contribuiu para a declaração do município como local de interesse turístico. Pense na Serra do Cou-rel e faça o mesmo em Os Ancares, pois juntos eles formam a maior reserva verde da Galiza e um geodestino considerado um local de importância comunitária na Rede Natura 2000. Além de belas paisagens de montanha, nos Ancares ainda se conservam pallozas, ancestrais construções de origem pré-romana.
Chegar a Monforte de Lemos significa atravessar a entrada da Ribeira Sacra, um dos lugares mais exclusivos da Galiza. Seus rios, florestas, paisagens, monumentos românicos e vinhedos localizados em encostas íngremes, onde é praticada a chamada ‘viticultura heróica’, fazem deste um destino que está a conquistar cada vez mais visitantes, sendo, pelos seus próprios méritos, o impressionante desfiladeiro de rochas, águas e curvas caprichosas do Canhão do Sil, a principal reivindicação. Quanto ao património, estão documentados até 85 mosteiros românicos, incluindo o de Santo Estevo de Ri-bas de Sil, convertido em Parador de Turismo, ou o de San Pedro de Rocas, um templo espe- tacular escavado em rocha viva.

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