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"Paisagens Inúteis" feitas de som, gesto, silêncio e contemplação são apresentadas a 22 de junho no CCVF
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"Paisagens Inúteis" feitas de som, gesto, silêncio e contemplação são apresentadas a 22 de junho no CCVF

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 ´Paisagens Inúteis´ feitas de som, gesto, silêncio e contemplação são apresentadas a 22 de junho no CCVF

Vale do Ave

2024-06-14 às 12h00

Redacção Redacção

Projeto de investigação, experimentação e criação artística na área da mediação cultural inclusiva resulta neste espetáculo bilingue (Língua Portuguesa e Língua Gestual Portuguesa) de Vanda R Rodrigues e Antípoda

Citação

A criadora e intérprete Vanda R Rodrigues e a associação cultural Antípoda (que a mesma dirige) apresentam o espetáculo-percurso “Paisagens Inúteis” no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, no dia 22 de junho (sábado).
Este projeto de investigação, experimentação e criação artística na área da mediação cultural inclusiva, culmina assim na apresentação de um espetáculo-percurso após várias etapas de cocriação e experimentação coletiva desenvolvidos desde o início deste ano, tanto em instituições sociais e escolas como nos equipamentos culturais d’A Oficina.
Até que ponto o quotidiano nos permite ver e ouvir uma paisagem?
Poderá um espetáculo recuperar esse espaço de contemplação e ócio?



“Paisagens Inúteis” é um espetáculo bilingue (Língua Portuguesa e Língua Gestual Portuguesa) que ousa considerar todas as capacidades como pretexto para aceder e dialogar com a paisagem. Almeja ser acessível e falha, orgulhoso da sua tentativa. É um caminho real e metafórico na direção do horizonte. É uma odisseia: inútil e inutilista. Até lá, diversas são as paragens, ou serão paisagens?


Este espetáculo propõe um dispositivo não capacitista e busca que as acessibilidades sejam consideradas no processo de criação e não como recurso acessório da apresentação.
Assim, recorre-se à língua portuguesa e à língua gestual portuguesa para a criação de um espetáculo bilíngue, integra-se a audiodescrição na criação do texto, e ambiciona-se que as movimentações e os estratos interpretativos – conscientes da sua impossibilidade – possam abranger todos os corpos e todas as perceções.


Este objeto teatral multidisciplinar tem uma forte relação com as artes plásticas: escultura, pintura e até em proximidade com a Land Art, integrando-se no terreno natural e tornando-o não só parte do dispositivo cénico, mas também do texto, numa relação adensada pela audiodescrição aí integrada. Em cena, o representativo vai dando lugar à abstração e a palavra vai dando lugar ao som e ao gesto. E tudo cai para dar lugar ao silêncio e à contemplação. Este caminho de desconfiguração é apresentado no texto dito pela atriz, na audiodescrição integrada e na estilização do movimento cénico e da língua gestual portuguesa.

O espetáculo “Paisagens Inúteis” é apresentado no CCVF em forma de percurso site-specific, relacionando-se com a paisagem, e, mais do que isso, mediando a paisagem. Mediação realizada através de objetos pensados como um espoletador de imagens e de ações – objetos "inúteis", de função poética e não utilitária – que são parte de um todo que só existe com a interação do público e das intérpretes com o espaço e a paisagem. Uma coleção de objetos inventados que pode ser lida como um conjunto de esculturas de pequena escala ou de joalharia de grande escala, que funciona em relação com o corpo e com o espaço e é por isso também cenográfica, já que cada objeto só existe de forma plena na sua manipulação e observação.

Num grande sentido de missão, A Oficina associou-se a este projeto experimental, que pretende ser um lugar de questionamento, reflexão e lançamento de novas perspetivas e formas de criação, tendo em vista o desenho e a apresentação de espetáculos e outras atividades culturais verdadeiramente inclusivas. Assim, esta coprodução d’A Oficina e do Teatro Viriato tem a direção artística, texto e interpretação de Vanda R Rodrigues, e interpretação e cocriação de Margarida Montenÿ, às quais se juntou uma vasta e diversificada equipa integrada num amplo leque de colaborações, onde se incluem nomeadamente Sara Franqueira (objetos e cocriação), Sandra Cavaco e Patrícia Carmo (Língua Gestual Portuguesa) e Roberto Terra (Audiodescrição). Este projeto contou igualmente com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian e colaborações com O Espaço do Tempo e a Dançando com a Diferença, bem como com o Lar Residencial Alecrim, o CAO Lar Paraíso Centro Social de Brito e a CERCIGUI.

Os bilhetes para assistir ao espetáculo “Paisagens Inúteis” a 22 de junho no CCVF têm o valor de 5 euros e podem ser adquiridos online em oficina.bol.pt e presencialmente nas bilheteiras dos equipamentos geridos pel’A Oficina como o Centro Cultural Vila Flor (CCVF), o Centro Internacional das Artes José de Guimarães (CIAJG), a Casa da Memória de Guimarães (CDMG) ou a Loja Oficina (LO), bem como nas diversas entidades aderentes da BOL. No dia anterior à apresentação ao público geral, nomeadamente famílias, este espetáculo é também apresentado em duas sessões (10h30 e 15h00) dirigidas a escolas de Guimarães.

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