Pradenses expõem rio Cávado em fotografias
2023-11-26 às 10h14
Escola Sá de Miranda acolheu a apresentação do primeiro cd da Orquestra de Cordofones Tradicionais de Braga.
Música tradicional portuguesa e um arranjo inédito de ‘Fantasia’ para contrabaixo e orquestra de João Rodrigues Cordeiro, compositor do século XIX, preenchem o primeiro cd da Orquestra de Cordofones Tradicionais de Braga, ontem apresentado no Teatro António Fonseca da Escola Secundária Sá de Miranda.
Jorge Castro, maestro da Orquestra criada em 2017, classificou aquela gravação ao vivo como “trampolim necessário para outros voos” de um projecto idealizado para reabilitar e “abrir novos horizontes” ao cavaquinho, viola braguesa ou bandolim, entre outros instrumentos de cordas tradicionais.
José Maria Rego, da associação Project’Arte, no seio da qual nasceu a Orquestra de Cordofones Tradicionais de Braga, releva que esta é uma formação única em Portugal, que pretende agregar instrumentistas que tocam, de forma mais ou menos isolada, em concertos, espectáculos de música, romarias e festas populares.
O maestro Jorge Castro acrescenta que o método de trabalho da Orquestra, com formação musical, ensaios de naipes e ensaios gerais, alarga os repertórios dos instrumentos de cordas tradicionais, que podem adquirir mesmo “um toque erudito”. O arranjo inédito da ‘Fantasia’ de João Rodrigues Cordeiro é exemplo disso mesmo.
Sendo Braga a ‘capital’ do cavaquinho e da viola braguesa, José Maria Rego e outros instrumentistas identificaram a necessidade de uma orquestra onde estes e outros cordofones tradicionais sejam valorizados a solo ou em acompanhamento.
Jorge Castro afirmou ontem que a Orquestra “é um verdadeiro serviço público”, já que, ao mesmo tempo que abre novas possibilidades de execução dos cordofones tradicionais, é um incentivo à compra do mesmos a empresas e artesãos do concelho.
Aberta a novos instrumentistas, a Orquestra de Cordofones Tradicionais de Braga aceita inscrições na Sond’art, Colégio São Caetano, em Maximinos.
Segundas e quartas-feiras, às 21, e sábados, às 9 horas, são os momentos de formação. Os interessados nem precisam de ter os instrumentos.
ASond'art e a Projet’arte promovem a aprendizagem de bandolim, bandola, bandolineta, bandoloncelo, cavaquinho, braguesa e guitarra portuguesa.
José Maria Rego revelou ontem a intenção de recuperar a ‘rabeca’, um instrumento popular em vias de desaparecer, já que, em Portugal, apenas estão identificados quatro tocadores do mesmo.
Se tudo correr bem, a rabeca, precursora do violina, poderá integrar em breve, a formação da Orquestra de Cordofones.
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