“Grande entusiasmo, responsabilidade e auto-confiança”. Foi desta forma que Carlos Vicens se apresentou, em Braga, ao lado do presidente António Salvador, naquele que foi o primeiro dia da era Vicens no comando técnico do emblema bracarense. Com um discurso focado na “exigência máxima”, o novo treinador confessou não se sentir pressionado pela ambição do título a médio prazo e mostrou-se “muito feliz” por ter a família por perto, “apoiando neste novo desafio”, assim como pelo facto de ter conseguido reunir “uma equipa técnica de altíssima qualidade, mas, acima de tudo, de grande qualidade humana”.
Em Braga, Vicens revelou ter encontrado “uma equipa cheia de energia positiva”, que o recebeu “de braços abertos” para juntos iniciarem este projecto, sabendo “que a nossa força reside no processo, no nosso método, no nosso trabalho diário, na nossa forma de fazer as coisas”.
“Queremos concentrar toda a nossa energia em garantir que cada dia seja um dia de exigência máxima. Um dia em que essa exigência, primeiro da nossa parte, seja transmitida aos jogadores. E para que os jogadores, desta forma, desenvolvam hábitos, um desempenho diário que busque a excelência”, frisou.
Questionado sobre as primeiras impressões do clube, o técnico foi peremptório: “em primeiro lugar, tenho de dizer que é um orgulho poder liderar este projecto. O SC Braga é um grande clube, que vi no passado a competir na Champions League e a chegar a finais europeias. A primeira impressão é muito boa, o staff que já está no clube recebeu-me com os braços abertos, com muita vontade de trabalhar e de juntar todo o seu valor para que o nosso dia a dia funcione bem. A primeira impressão não poderia ter sido melhor”.
Depois de ouvir o presidente António Salvador falar do objectivo traçado de ser campeão, Vicens deixou claro que não tem qualquer pressão pelos títulos.
“Não me sinto pressionado. Para mim, a pressão está na auto-exigência que vamos implementar no dia-a-dia, no trabalho da equipa, com todo o staff. Acho que, no final, todos os resultados serão consequência do trabalho diário. É nisso que vamos focar toda a nossa energia”, garantiu.
Quanto ao plantel, “vi alguns jogadores que estavam nas instalações do clube nos dias que estive cá, mas a maioria apenas falei por conversa telefónica”. “Sou consciente do nível do plantel, vi-os jogar algumas vezes desde que aceitei este desafio. Para mim, é importante conhecer a pessoa atrás do joga- dor”, referiu, priorizando a aposta na “formação numa academia top no país”. “Vamos estar muito atentos aos jovens”, rematou.