Trabalhadores da APPACDM/Braga em greve pelo pagamento dos subsídios em atraso
2023-08-12 às 06h00
Daniel Vilaça assumiu que a AEB está cada vez mais aberta ao sector da indústria, e mostrou-se favorável a uma união de esforços entre associações pelo bem das empresas e da região.
P - A AEB faz também já parte da CIP, está aqui também uma mudança de paradigma. Esta abertura ao sector industrial significa o quê?
R - Significa um crescimento, significa que a AEB está também preocupada com a indústria. A indústria fixa pessoas, dá empregos dignos. Nunca vamos deixar de apoiar o comércio e a hotelaria, esses sectores que estão na base da nossa associação. Nós já tínhamos na nossa base associativa várias empresas da área da indústria, e precisávamos de ter alguns serviços, alguma forma de as apoiar, quer seja na internacionalização, quer seja ao nível do apoio à atracção de investimento, ou ao nível do licenciamento junto das câmaras municipais... Vamos com isto ajudar a região porque a indústria tem um papel forte que é importante manter.
P- Este virar da agulha para a indústria que não vem de agora, mas que ganhou novo fôlego com esta nova competência de Câmara de Comércio e Indústria, levanta a questão se não há aqui uma sobreposição de associações empresariais. Temos uma Associação Empresarial do Minho (AEMinho) mais virada para o sector da indústria, a AEB está a crescer e a alargar também para o sector da indústria. Faz sentido haver estas duas associações? Fez sentido a criação de uma associação empresarial?
R - Uma associação que tem a representatividade que a AEB tem, que está presente da direcção da Confederação do Comércio, está presente na CIP, que foi reconhecida pela Presidência da República, que já fazia este serviço porque quando desapareceu a Associação Industrial do Minho a Associação Comercial de Braga (ACB) fez desde logo a alteração da sua denominação para Associação Empresarial de Braga e passamos a abranger todas as áreas quer seja do comércio ou indústria. Já afirmei muitas vezes que não fazia sentido, mas se existe temos de colaborar.
P - As relações são boas? As preocupações são idênticas?
R - Sim, as relações são boas e as preocupações são as mesmas. Não faria sentido estarmos a puxar um para cada lado. Trata-se de um trabalho de apoio à nossa comunidade empresarial e à nossa região.
P - Essa ligação, essa estratégia comum não é muito visível entre as duas associações.
R - O trabalho tem sido feito no terreno. Não estou muito atento ao trabalho que a outra associação está a fazer, nem é esse o nosso objectivo. No futuro poderá haver uma união de esforços, esperamos que aconteça. Da parte da AEB terão sempre um parceiro disponível para colaborar sempre em prol das empresas e da região.
P - Não faz sentido haver uma estratégia concertada, uma voz que reflicta a união entre as associações perante os seus associados?
R - Penso que sim, nós fomos desde o início contra a criação de mais uma associação. A criação de mais associações só contribui para separar, e o que nós queremos é juntar o máximo de empresas. Não é a divisão que faz com que as associações sejam mais fortes e tenham um papel decisivo nas confederações e nas decisões do Governo.
P - A Câmara de Comércio e Indústria já está instalada?
R - Para apoios à exportação sim, mas ainda não estamos a passar os certificados, os vistos, os certificados de venda livre, os certificados de origem... Estamos neste momento em formação para essa realização, e a desenvolver um software para que esses pedidos possam ser mais céleres. A celeridade vai ser a nossa arma e queremos fazer com que os procedimentos sejam cada vez mais fáceis e menos burocráticos.
P - Há uma aposta na componente digital?
R - Sim, há uma aposta na componente digital para ajudar as empresas no preenchimento dos documentos. A presença física já não se justifica.
P - A AEB registou um crescimento no número de associados desde que se tornou Câmara de Comércio e Indústria?
R - Estamos a receber bastantes contactos por parte de empresas na área da indústria. Não a pedir este tipo de documentos, mas pela representatividade que a AEB pode dar a partir de agora.
P- Há uma tendência de crescimento da AEB?
R - Sim, uma das nossas ambições é a criação de um Centro de Arbitragem, que vai ajudar as empresas a resolver de uma forma mais célere os litígios que é difícil resolver no tribunal.
P- Isso não vai chocar com as competências do CIAB - Tribunal Arbitral de Consumo?
R - Não porque são coisas completamente distintas. Foi a ACB que criou o CIAB. O que queremos criar é um Tribunal Arbitral para empresas. É uma competência das Câmaras de Comércio. Vamos assim criar um Centro de Arbitragem no distrito de Braga, que será uma mais-valia para as empresas, na resolução de conflitos entre empresas.
P - Será restrito a âmbito nacional ou há a possibilidade de funcionar entre empresas dentro do espaço europeu?
R - Serve para o espaço nacional, mas é até mais importante para empresas exportadoras.
P- Quando acredita que estarão implementadas estas competências?
R - Estamos a trabalhar nelas e queria que estivessem terminadas até final do mandato. Faltam três anos.
16 Novembro 2024
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