Monção: Partilha e reflexão sobre a violência doméstica
2025-01-21 às 06h00
Visita do ministro da Agricultura à Feira dos Vinte é o reconhecimento do empenho que a Junta de Freguesia da Vila de Prado tem tido para manter e revigorar uma tradição com mais de 700 anos. José Manuel Fernandes visitou o evento ontem de manhã.
O ministro da Agricultura e Pescas elogiou o empenho da Junta de Freguesia da Vila de Prado por procurar manter “viva e revigorada uma tradição com mais de 700 anos”. José Manuel Fernandes visitou, ontem de manhã, a Feira dos Vinte, onde teve oportunidade de realçar a aposta que o seu Ministério está a fazer na renovação geracional no sector agrícola.
Acompanhado pela presidente da Câmara Municipal, Júlia Fernandes, e pelo presidente da Junta de Freguesia da Vila de Prado, Albano Bastos, o ministro visitou a exposição de animais instalada no Largo de São Sebastião, mas foi também conversar com os produtores que preparavam os seus animais, sobretudo bovinos, para os concursos pecuários da Feira dos Vinte.
Confessando-se “muito feliz” por estar na Feira dos Vinte, José Manuel Fernandes recordou as suas ligações pessoais ao território, revelando que já residiu na Vila de Prado, a “uns 300 metros” do epicentro do local onde se realiza esta secular feira, também conhecida como a Feira das Trocas ou Festa de S. Sebastião.
“Este evento significa não só memória, mas também presente e futuro. Nós queremos que as nossas raças autóctones, que a nossa produção seja valorizada, que haja juventude e eu, aqui, encontrei juventude”, afirmou José Manuel Fernandes, lembrando que para concretizar a aposta na renovação geracional do sector agrícola são necessários apoios e aumentar o rendimento dos agricultores.
Nesse contexto, recordou que “para a renovação geracional em territórios como este, o prémio de instalação é de 55 mil euros e a taxa do financiamento pode ir até aos 400 mil euros, com co-financiamento de 60% para investimentos até aos 500 mil euros e de 50% para investimentos acima dos 500 mil euros”.
Para além disso, em territórios como este, “são importantes apoios para a diminuição da carga de combustível, o que significa podermos apoiar ovinos na floresta com o objectivo de aumentar o rendimento do agricultor, de ocupar aquele espaço e conseguir ter mais competitividade no território, maior atractividade e coesão territorial, sem nunca esquecer o que são as nossas raízes e sabores únicos”.
“O agricultor é uma amigo do território, um amigo do ambiente e nós temos de tudo fazer para apoiar os nossos agricultores. Por isso estou aqui hoje, como tenho estado em tantos outros sítios”, rematou.
José Manuel Fernandes aproveitou a visita para conversar com criadores de gado presentes no certame, com alguns deles a considerarem “exagerada a fiscalização” que, no local, estava a ser levada a cabo pela GNR. Questionado sobre o tema, o ministro mostrou-se convicto de que “a autoridade procura fazer a sua acção no sentido de, no final, proteger o produtor”.
O ministro da Agricultura lembrou que, fruto das alterações climáticas, há novas doenças a circular.
“Não nos podemos esquecer, por exemplo, que nos ovinos, o Serotipo 3 prejudicou muito os produtores. Nós temos de fazer a monitorização para defender os produtores”, explicou, lembrando que a legislação e a acção das autoridades visa fazer com que as normas sejam respeitadas para que não aconteça depois a preocupação de doenças.
“Todas as normas de segurança são do interesse do produtor”, vincou José Manuel Fernandes, mostrando-se convicto de “os nossos produtores estão cientes disso e por isso mesmo são cumpridores dessas normas”.
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