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2020-12-02 às 06h00
Manuel Moreira, de 63 anos, é, há quase uma década, presidente da Associação de Andebol de Braga, e puxa dos galões para assinalar, com orgulho, o desenvolvimento que a modalidade vem registando no distrito. Tempos de incerteza provocados pela pandemia assustam, sobretudo pelo impacto negativo na formação, um secto para o qual a associação olha com especial atenção. O dirigente esteve à conversa connosco.
É um dos nomes maiores da Associação de Andebol de Braga e de uma incontornável influência no que ao cresicmento da modalidade diz respeito no contexto regional. Manuel Avelino Guimarães Marinho Moreira, de 63 anos, esteve esta semana à conversa na Rádio Antena Minho, no programa Fórum Desporto e deixou uma pincelada sobre aquela que é a maior preocupação em termos de actuação no terreno.
“É nossa missão tentar fazer com que os jovens atletas evoluam de forma a poderem, a médio prazo, ascender ao topo da modalidade. Aqui em Braga, tanto no masculino como no feminino, temos três centros de treinos. Juntamente com os campeonatos que nós organizamos, tudo isto dá oportunidade aos jovens de chegarem aos patamares mais altos. E têm chegado a esses patamares nas selecções nacionais”, observou, prosseguindo a sua análise.
“Fazemos um trabalho de base nos centros de treinos, que depois é aproveitado pelas selecções para evoluírem noutro patamar. O objectivo da Associação, independentemente de também ter a seu cargo a organização dos campeonatos da III Divisão Masculina e II Divisão Feminina, passa por se dedicar mais à formação. Tentamos, juntamente com os clubes, organizar provais o mais apetecíveis possível, em termos de competição, para que os atletas possam evoluir”, disse, sublinhando que “onde a associação mais tem evoluído é no andebol feminino”.
“Temos duas equipas na I Divisão: o Maiastars e o ABC. Temos também quatro equipas na II Divisão: o Xico Andebol - que, pela primeira vez, tem uma equipa sénior feminina; a Juvemar, a Didaxis e AC Vermoim”, descreveu, assinalando, contudo, um receio que resulta dos problemas provocados pela pandemia de Covid-19.
“Temos tido um aumento muito grande no número de atletas e estou com receio de que a pandemia possa ter mais repercussões negativas no feminino do que no masculino”, perspectivou, numa altura em que os campeonatos da formação, sob a égide da própria associação, estão todos parados, sem perspectivas de início.
“Imagem do andebol no distrito de Braga passa muito pelos êxitos do ABC”
“A modalidade aqui evoluiu de uma maneira extraordinária, no masculino essencialmente, através de dois pólos: Braga e Guimarães. Com isso, foram-se formando núcleos importantes como o de Fafe e, ultimamente, têm aparecido outros clubes com bastante interesse, como foi o caso do Arsenal da Devesa aqui em Braga, que já passou pela I Divisão. Trata-se de um projecto que vingou e que teve sucesso em poucos anos. Temos também o caso do Fermentões, que sempre foi um clube mais virado para a formação, que passou pela I Divisão e agora fez uma parceira com o Vitória SC, que regressou ao andebol. Agora, claro que a imagem do andebol no distrito de Braga passa muito pelo ABC, pelos seus êxitos e títulos conquistados durante vários anos. Inclisivamente, há quatro ou cinco anos conseguiu reproduzir um pouco desses feitos, ao vencer a Taça Challenge e assegurar a presença na Liga dos Campeões. O Xico Andebol tem tido muita importância ao nível da formação. Tem dado jogadores muito importantes para o panorama nacional. Está na II Divisão a lutar pela subida. O AC Fafe, dentro das suas limitações de distância para os pólos de Braga e Guimarães - que traz problemas em termos de contratação de jogadores -, terá de basear a sua sustentação na formação, o que tem sido difícil. É um clube que foi muito prejudicado na pandemia, porque tinha uma excelente equipa de iniciados, agora juvenis, e essa evolução foi quebrada. Vamos ver se se consegue que essa equipa retome e, depois, se poderá aproveitar jogadores dessa fornada para os seniores”, observou Manuel Moreira, ao mesmo tempo em que fazia uma análise global às prestações da generalidade dos clubes filiados na Associação, nas respectivas competições nacionais.
“Defendo que a saúde pública deve ser prioritária, mas também temos de ver qual o preço que vamos pagar em relação a todos os jovens. Será que, quando a pandemia estiver controlada, nós não vamos ter uma geração perdida de jovens? Não se vê, por parte de quem tutela o desporto, o mínimo de abertura em relação a tudo isto. Não dão uma palavra e todos os dias recebemos notícias de que estamos a perder atletas. Isto preocupa-me porque os danos provocados podem ser, para alguns jovens, irrecuperáveis.”
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