“Matematicamente é possível. Temos que ganhar na segunda volta os jogos que perdemos na primeira” , afirma o treinador do Manabola/Alfacoop, Carlos Brito.
Garantindo acreditar ainda na subida à II Divisão Nacional de andebol o antigo ponta do ABC considera que as duas derrotas nos dois primeiros jogos da segunda fase, por 23-20 em Vermoim e no passado sábado por 27-29 em Braga diante do Penafiel devem-se à falta de eficácia da finalização.
“Neste último jogo, que perdemos por dois, em seis livres de 7 metros nós só marcámos um. Bastava termos marcado esses livres e já tínhamos ganho”, salientou, admitindo, porém,“falhas na defesa”.
Sobre as equipas adversárias, considera que “somos um grupo muito equilibrado”.
“Já jogámos com o Vermoim e com o Penafiel. Já os conheço do ano passado. O Rio Tinto, conheço bem o treinador, o Pedro, jogou na Alemanha. Tem feito um excelente trabalho. Era meu amigo de infância, jogávamos andebol no Porto”, acrescenta.
Sobre o Afifense, com quem o Manabola Alfacoop tem o próximo jogo, Brito refere que “já o conhecemos desde o ano passado e este ano ganhámos na primeira fase. Acho que vai ser muito equilibrado”.
Por sua vez o presidente do clube, Paulo Miranda, diz-nos que “estamos num processo em que temos vindo a crescer como clube”.
“Estamos a tentar subir de divisão, e nós acreditamos que (a acontecer) venha a ter algum impact onos miúdos”, salienta, lembrando que o Manabola também representa o Alfacoop.
“Conseguimos criar esse bichinho: nós sabemos que é a ganhar que se consegue trazer mais pessoas”, sublinha.
O Manabola é um clube que faz este ano 35 anos, lembra o dirigente, explicando que “estão a aparecer cada vez mais pessoas a querer voltar a jogar andebol”.
“Em Braga somos três clubes de andebol. Há muita gente parada”, prossegue e avança um exemplo: “Dos últimos atletas que recebemos, um tem 43 anos, é o Alberto Basto, experiente na I Divisão. Quis voltar a desfrutar e nós demos-lhe oportunidade.
A nós, faz-nos um jeitão ter um jogador daquele nível a jogar na III Divisão”.
“Jogadores desta dimensão fazem com que o nível da própria divisão cresça. Nós procuramos dar mais qualidade ao plantel e ao andebol que é praticado nesta divisão”, explica.
Neste momento o clube, que desenvolve a sua actividade no Pavilhão Aflacoop em Ruílhe, conta nos escalões de formação com bambis e minis.
Isto significa jogadores com 7, 8, 9, 10 anos. “O futebol, aqui no colégio, é o que atrai mais praticantes”, recohece ainda aulo Miranda.
Nos escalões de formação tem início este ano o projecto Alfacoop, com os miúdos do colégio. “Nós não conseguimos captar miúdos de fora daqui do colégio”, admite.
“Somos um clube de S. Victor, mas não temos pavilhões na cidade para podermos aplicar o nosso andebol, porque não há pavilhões. Surgiu esta oportunidade de parceria com a Alfacoop e estamos aqui. Penso que somos em Braga o clube de andebol, com melhores condições. Temos ginásio, sala de spinning, os horários definidos para nós. Não temos de andar a saltar de pavilhão para pavilhão”, realça.
Sobre o treinador, sustenta que Carlos Brito, é “peça importantíssima no nosso desenvolvimento.”
“ É uma referência no andebol nacional, com tantos campeonatos nacionais, taças de Portugal, presenças na Taça dos Campeões Europeus, uma final, meias-finais, com experiência, que está a transmitir a estes miúdos, tudo isso por que passou, que teve treinadores como o Donner”, comenta ainda o presidente do Manabla/Alfacoop, revelado que “ouço muito a referência do Donner no treino, é uma referência que está constantemente presente na filosofia de treino desta equipa”.