CDU com “ambição maior” quer reforçar votação e dois vereadores
2024-07-18 às 06h00
Junta de Gualtar aposta na preservação de trilhos pedestres, com vertente natural e científica, para proteger o corredor ecológico que liga a Serra do Carvalho às Sete Fontes. Freguesia esteve em destaque no programa ‘Histórias das Freguesias’.
O Parque de Merendas da Poça Nova, no início do Ecocircuito da Encosta do Sol, em Gualtar, foi ontem o palco para mais uma edição de ‘Histórias das Freguesias’, um programa da rádio Antena Minho, CMinho TV e jornal Correio do Minho.
A freguesia de Gualtar esteve em destaque ao longo das três horas de programa, numa emissão conduzida por José Portugal e que contou com conversas com o presidente da Junta, João Paulo Vieira, mas também com representantes de algumas das associações e instituições gualtarenses.
Com quase sete mil habitantes recenseados, João Paulo Vieira estima que sejam entre 11 a 12 mil as pessoas que ali residem, pois são muitos aqueles que ali estão alojados enquanto decorre a ligação à Universidade do Minho ou ao Hospital de Braga.
Gualtar tem sido a freguesia do concelho que mais tem crescido em termos demográficos, um fenómeno que também tem as suas dores de crescimento e com a Junta de Freguesia atenta para, dentro daquilo que são as suas competências, atenuar os constrangimentos que decorrem da pressão demográfica, que depois acaba por ter reflexo noutras áreas como na habitação, na construção e nos serviços públicos.
Precisamente com o objectivo de travar a pressão urbanística e de proporcionar à população áreas de lazer para que possam ser usufruídas, um dos projectos mais emblemáticos aqui existente é o Ecocircuito da Encosta do Sol, um projecto que venceu o prémio nacional ‘Agir’ da REN.
A autarquia aposta na preservação e valorização dos trilhos pedestres, com vertente natural e científica, como medida que visa contribuir para proteger o “pressionado” corredor ecológico que liga a Serra do Carvalho às Sete Fontes. “Este é um trilho muito usado, um corredor verde que queremos preservar. É muito importante para nós, pois dois terços da área do futuro parque das Sete Fontes pertence à área de Gualtar”, referiu o autarca.
Travar a pressão urbanística junto dos espaços verdes é um dos objectivos da Junta de Freguesia que aposta assim na preservação dos trilhos que são usados diariamente por muitas pessoas para caminhadas e exercício.
Ter áreas mais ecológicas é um dos anseios que a Junta de Freguesia, que pretende ainda ver resolvidos os constrangimentos que surgem da pressão urbanística. João Paulo Vieira realça que a Junta tem levado essas preocupações até à Município, mas lamenta que o tempo que a Câmara leva a resolver os problemas “seja demasiado longo”.
Exemplo dessa situação é o problema do arvoredo que em certas zonas da freguesia está a degradar o espaço público e até a impedir que as pessoas possam a ceder a garagens por exemplo. A população já se manifestou e até fez uma baixo assinado, mas a situação tarda em ser resolvida, sendo que “vai exigir um grande investimento” que a Junta reclama à Câmara.
O autarca nota ainda que à media que se foi construído houve lotes que foram ficando vários e onde a vegetação vai crescendo. A população alerta e pede que sejam limpos, mas lembra que a Junta não tem autoridade para intervir em propriedade privada, passando também aqui a solução pela intervenção da Câmara.
O crescimento tem causado também pressão social, que se sente sobretudo no ensino e nas repostas sociais, onde as listas superam largamente os serviços que estão actualmente disponíveis.
14 Fevereiro 2025
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