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2020-11-15 às 10h14
Nas III Jornadas de ‘Gestão Pública’, realizadas, ontem, pela Escola Superior de Gestão do IPCA, os jovens líderes partidários reclamaram ser ouvidos por todos na reconstrução do futuro pós-Covid.
A forma precária como a maior parte dos jovens vive hoje em dia, grande parte dos quais com salários mínimos e com as expectativas de vida em baixo, tem decretado o afastamento juvenil da política e dos políticos. A mudança de paradigma urge e é necessário que as estruturas partidárias e sociedade em geral dê mais ouvidos à voz irreverente e crítica dos jovens e apoie o movimento juvenil, que quer apenas lutar por uma vida e um mundo melhor. Esta foi a principal mensagem deixada, ontem, no III Encontro Anual de Gestão Pública, realizado na Escola Superior de Gestão do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA).
Foi com jovens políticos de vários quadrantes - nomeadamente Francisco Mota (Juventude Popular), João Pedro Louro (Juventude Social Democrata), Miguel Costa Matos (deputado do Partido Socialista) e António Azevedo (Juventude Comunista Portuguesa) - que decorreu este debate moderado pelo docente Pedro Nunes e que contou com o exemplo de Tânia Pereira, licenciada em Gestão Pública pelo IPCA - que afirmou que “em qualquer que seja o lugar onde estejamos, seja no trabalho ou na política, tudo o que fazemos tem que ser motivado por alguma coisa e a política deve ser mais sexy para os jovens, no sentido de os atrair, mas para isso é preciso criar uma identidade com eles e falar a mesma linguagem que eles”.
Tendo como mote ‘Os Jovens, a Política e o Debate Intergeracional’, o grande objectivo deste debate foi pensar em possíveis formas de potenciar uma maior aproximação da juventude.
Para Francisco Mota, da JP, a pandemia só veio mostrar a forma como o país crescia baseado em “puras ilusões”, acusando que as reformas estruturais iniciadas em 2015 ficaram “em suspenso”, desencadeando uma “economia muito frágil, com base no funcionalismo público e fraco investimento privado e, consequentemente na falta de expectativa dos mais jovens”.
O líder da JP aponta para uma “crise de valores” e analisa a “descrença” na política e nos políticos, indicando que este estado de coisas também se deve “à falta de referências políticas quer à Esquerda, quer à Direita”, que, a seu ver, deixaram de o ser para se tornarem antes “gestores da coisa pública”. Para Mota é necessário encontrar soluções para que os cidadãos em geral e sobretudo os jovens possam ser felizes e realizados. Outro dos problemas identificados pelo líder da JP que afasta os jovens da participação política é centralização excessiva, onde “não existe representatividade”, quando os partidos colocam como cabeças-de-lista dos círculos eleitorais pessoas que não representam as regiões, mas, sim, os partidos e os corredores do poder. “É preciso um compromisso intergeracional”, frisou.
O secretário geral da JSD Nacional rejeitou a ideia de que os jovens estejam alheados da participação política e cívica, dando como exemplo os movimentos de voluntariado e outros motivados pelo Ambiente e pela Cultura, mas admitiu o seu afastamento “das formas de fazer política, mas não do discurso político”.
João Pedro Louro defende que “é preciso voltar a ganhar a confiança dos jovens” e diz que importa é criar condições para cada um construir o seu projecto familiar e profissional e assegurar a liberdade e igualdade de oportunidades. Defendeu ainda um “grande debate intergeracional” e que é preciso deixar os jovens participar no debate pós-Covid, pois é com eles que devem ser assegurados os compromissos para o futuro e que os jovens devem ser chamados também pelos media para comentar a actualidade.
Miguel Costa Matos tem 26 anos e é deputado do PS. No debate falou da necessidade de continuar a combater a precariedade e aponta o dedo, por exemplo, ao mercado do arrendamento, onde “não há casas a preços acessíveis”. “Houve nos últimos anos reformas estruturais no Ensino Superior, Saúde e Educação e que o país precisa de estímulos, mas não de austeridade”.
Para António Azevedo, do JCP, diz que “a participação dos jovens não pode ser remetida às estruturas partidárias” e que a melhor forma de os jovens participarem é nas escolas, locais e de trabalho e faculdades. O responsável acusa que a “instabilidade de vida” que os jovens sentem, leva-os a afastar-se das formas de participação colectiva, mas que, apesar de tudo, há muitos jovens a participar.
17 Março 2024
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