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2024-09-10 às 20h00
Concertos fazem parte do estágio desenvolvido ao longo da semana
No grande auditório da Casa das Artes de Vila Nova de Famalicão estão reunidos 87 músicos, acompanhados pelos respetivos instrumentos – clarinetes, fagotes, flautas, trombones, violas, violinos, entre outros, a ensaiar. Durante cinco dias, os instrumentistas, com formação ou residentes em Famalicão, juntam-se para aprenderem e prepararem duas obras dos compositores Béla Bartók e Dmitri Shostakovitch. Os encontros, dirigidos pelo maestro José Eduardo Gomes, começaram esta segunda-feira e culminam nos concertos marcados para esta sexta e sábado.
Na verdade, é o sexto ano que Famalicão combina uma orquestra sinfónica - composta por jovens entre os 16 e os 30 anos –, numa residência artística, e presenteia a comunidade famalicense com espetáculos de música clássica.
Eduardo Machado, de 25 anos, faz parte da Jovem Orquestra de Famalicão desde a primeira edição da iniciativa. O percussionista decide voltar, ano após ano, porque “durante o estágio, toca-se um repertório de grande orquestra”. Além disso, “temos a oportunidade de tocar em posições que normalmente não teríamos dentro de uma orquestra”, o que nos faz ganhar “experiência antes de entrarmos no mercado de trabalho e de integrarmos uma orquestra profissional”, apontou.
E se para uns o estágio e os ensaios já não são novidade, para outros, como Catarina Duarte, de 26 anos, este é o primeiro ano que fazem parte deste projeto. Para a concertino – primeira violinista da orquestra –, aqui, “juntam-se diversos músicos famalicenses”, tocam-se composições “muito importantes” e consegue-se “promover a música clássica junto da comunidade”. “É por isso que esta é uma iniciativa muito importante: evoluímos, progredimos e estamos todos juntos”.
No estágio, promovido pelo Município, os instrumentistas veem as suas competências artísticas serem testadas e aprimoradas. No fim, a jovem orquestra sobe ao palco da Casa das Artes para apresentar o seu trabalho. Na sexta-feira, dia 13, o espetáculo começa pelas 21h30, e no sábado, dia 14, o concerto inicia-se às 18h00, na Casa das Artes.
“O que fazemos neste período é reflexo do que é a vida real lá fora”, começou por explicar o maestro José Eduardo Gomes. Os instrumentistas “são tratados como profissionais, tocam, treinam e preparam-se para o futuro”, acrescentou. E se a residência artística proporciona novas experiências aos jovens músicos, também permite que os famalicenses apreciem “um repertório sinfónico com que normalmente não contactam”.
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