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2024-12-20 às 13h00
Os 30 anos do IPCA foram, ontem, celebrados com uma sessão solene que veio recordar um percurso de crescimento e sucesso. O impacto económico da instituição e o seu papel enquanto elevador social foram destacados.
O Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA) celebrou, ontem, 30 anos de história. Na sessão solene de comemorativa destas três décadas, foi recordado um percurso marcado pelo crescimento e expansão de uma instituição que se afirma como “um elevador social”. Nas palavras de Maria José Fernandes, o IPCA surge como “o motor e a alavanca deste território do Cávado e do Ave, assim como das suas gentes”.
A comemoração encheu o Auditório Eng.º António Tavares, no Campus do IPCA, em Barcelos, sendo que a sessão contou com intervenções da presidente do IPCA, Maria José Fernandes, do presidente do Conselho Geral do IPCA, Pedro Fraga, do presidente da CCDR-N, António Cunha, do presidente do Município de Barcelos, Mário Constantino Lopes, e do presidente da Associação Académica do IPCA, João Salazar.
No arranque da cerimónia foi apresentado o estudo ‘O Impacto do IPCA na Região’, coordenado por João Cerejeira Silva, do Núcleo de Investigação em Políticas Económicas e Empresariais da Universidade do Minho, que destacou o papel fundamental do IPCA no desenvol- vimento económico e social do território.
João Cerejeira Silva apontou o contributo do IPCA para a mobilidade social como o principal impacto, já que uma média de 80% dos estudantes são a 1.ª geração da família a chegar ao ensino superior. “Estamos perante uma verdadeira transformação estrutural”, disse. O estudo em causa revelou “um impacto económico significativo na região, contribuindo para a produção, valor acrescentado, emprego e receitas fiscais”. Ficou ainda evidente que a actividade do IPCA gera “um saldo positivo para o Estado Português”, revelou.
No dia de ontem, a presidente do IPCA recordou o percurso do IPCA ao longo destes 30 anos, um percurso ao longo do qual a instituição se afirmou como “o motor e a alavanca deste território do Cávado e do Ave, e das gentes que aqui vivem”.
O caminho “percorrido com sucesso, foi trilhado com ajuda de parceiros fundamentais”, notou a presidente. “Dificuldades e desafios foram muitos. Vivemos tempos muitos difíceis e angustiantes”, recordou.
Maria José Fernandes lamentou que, apesar dos constrangimentos, o IPCA continue a ser ainda a instituição com menor financiamento público. “A situação do financiamento esteve sempre em contraciclo com o nosso crescimento”, sublinhou.
Toda a história teve início em Barcelos, “o nosso berço”, a casa de partida para outros concelhos: Braga em 2014, Guimarães em 2015, Famalicão em 2018, Esposende em 2019 e Vila Verde em 2022.
Olhando para o futuro, Maria José Fernandes garantiu que em 2025 o IPCA continuará a crescer estando prevista a abertura de um novo complexo que inclui uma residência de estudantes com capacidade para 133 camas, um edifício dedicado à investigação e inovação, e um auditório com 500 lugares sentados. O complexo B-CRIC (Barcelos Collaborative Research and Innovation Center) já está em construção, representa um investimento superior a 20 milhões de euros.
A presidente do IPCA apresentou ontem um novo projecto que será edificado em 2025, no Campus: o Edifício K2D. Um edifício destinado a actividades de inovação pedagógica e de estímulo à criatividade, junto ao qual será também construída uma zona de equipamentos desportivos para a comunidade académica e municipal. Este novo edifício será construído num terreno adquirido e cedido pela Câmara Municipal de Barcelos, a quem Maria José Fernandes aproveitou para agradecer publicamente na pessoa do seu presidente, Mário Constantino Lopes.
Para Maria José Fernandes, os tempos são “desafiadores e incertos”. Há um passado de “sucesso”, mas há ainda “muito a fazer. Temos um ano de trabalho árduo pela frente”, finalizou.
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