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IPCA assinala Dia da Mulher com testemunhos de liderança feminina

Braga

2024-03-09 às 06h00

Marlene Cerqueira Marlene Cerqueira

IPCA assinalou o Dia Internacional da Mulher com uma sessão sobre empoderamento feminino, em que três mulheres com percurso inspirador deram testemunhos de liderança no feminino.

Citação

Foi com o testemunho de mulheres com um percurso inspirador e que têm contribuído para reforçar o papel da mulher na sociedade que a Escola Técnica Superior Profissional (ETsSP) do Politécnico do Cávado e do Ave e a Associação Académica do IPCA assinalaram ontem o Dia da Mulher.
No pequeno auditório do Altice Forum Braga, Maria José Fernandes, presidente do IPCA, Graça Cunha Coelho, directora geral da Cachapuz, e Margarida Direito, directora de comunicação, marketing e intervenção social da Associação de Futebol de Braga, deram testemunho do seu percurso e, em comum, partilharam a tese de que a educação, desde tenra idade, é fundamental para que a igualdade de género seja efectivamente uma realidade e também para que não haja uma reversibilidade nas conquistas de direitos somadas até hoje.
Maria José Fernandes foi durante muitos anos a única professora de Carreira do IPCA. Chegar à presidência do IPCA foi “um percurso natura” e considera que o facto de haver liderança no feminino é indutor para que as mulheres ganhem mais protagonismo em áreas que são vistas tradicionalmente como mais masculinas.
“Nunca senti qualquer discriminação por ser mulher. Se houve, foi no sentido positivo e nunca no negativo”, partilhou a presidente de IPCA, consciente de que o que se passa neste politécnico não é o mais comum.
Entre os 15 politécnicos mais seis escolas superiores técnicas existentes no país “somos apenas quatro mulheres a liderar”.
Já nas instituições mais clássicas, como a Universidade do Minho, que agora celebra os 50 anos, nunca houve uma mulher reitora -lembrou.
“No ensino superior, em concreto no IPCA, vamos continuar a formar os jovens no discurso da inclusão, da paridade e igualdade de género” vincou.
Também Graça Cunha Coelho admitiu que nunca sentiu qualquer discriminação por ser mulher, apesar da carreira profissional num mundo em que ainda está muito ligado aos homens.
É actualmente a única mulher na administração, quer na empresa-mãe quer nas restantes empresas do grupo. Reconhece que no mundo empresarial ainda são muito poucas as mulheres em cargos de liderança. “Há um caminho muito grande a percorrer, não só na educação, mas também nas próprias dinâmicas familiares”, sustentou.
Optimista, acredita que os direitos conquistados não estão em risco e destaca que indepdentemente do sexo, as pessoas têm de ser competentes.
“Na Cachapuz temos mulheres em todos os departamentos. Temos, inclusive, já uma mulher soldadora, o que acontece pela primeira vez em quase 104 anos de empresa”.
Ao contrário de Maria José Fernandes e de Graça Cunha Coelho, Margarida Direito partilhou que ainda se sente muito discriminada por trabalhar num mundo que ainda é sobretudo masculino. Basta pensar que dos 26 mil atletas federados da AFBraga, apenas 1600 são mulheres.
No futebol ainda há muito caminho a percorrer, mas a directora de comunicação reconhece que a visibilidade alcançada pela prestação da Selecção Nacional Feminina no Mundial foi um grande impulso para que as meninas começassem a jogar mais futebol e sobretudo para que a sociedade encare com naturalidade as mulheres no futebol.
No entanto, este é um percurso que está no início, reconheceu, realçando que a Federação Portuguesa de Futebol tem dinamizado um conjunto de cações concretas para promover o papel da mulher no futebol e criar um espaço de liderança no feminino. É que neste âmbito em concreto, contam-se pelos dedos das mãos as mulheres a liderar clubes e nas associações distritais não há qualquer mulheres nas direcções. Margarida Direito, que dá palestras pelas escolas de todo o distrito, não esconde a preocupação e lembra que “a luta pela igualdade de género é um trabalho diário”. “Eu oiça frases vindas de rapazes e de raparigas que me deixam assustada. Penso que tudo o que conseguimos é frágil. Temos de estar atentos”, vincou, sustentando que esta é uma luta de todos, não só das mulheres.

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