Póvoa de Lanhoso acolhe, de 3 a 6 de Julho, a primeira edição do Festival Instrumental Portugal, evento que, segundo o seu director artístico, Manuel de Oliveira, dará palco à música etnocontemporânea portuguesa, “invisível” por cá, “mas que é valorizada em termos internacionais”.
João Frade, João Silva, Tó Trips, Sandra Martins, Marta Pereira da Costa e o próprio Manuel de Oliveira são instrumentistas profissionais que se juntam a artistas locais num festival que, segundo a vereadora da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Fátima Moreira, pretende “afirmar a Póvoa de Lanhoso como grande palco nacional da música instrumental”.
Ontem, na conferência de imprensa de apresentação do Festical Instrumental Portugal, a autarca garantiu que a Póvoa de Lanhoso será’ “a capital nacional da música instrumental”.
O Festival é uma iniciativa da ‘Portugal Music 360’, uma plataforma de profissionais da área da música, cultura e comunicação, com o apoio do Município da Póvoa de Lanhoso, estando inserido no programa comemorativo dos 120 anos do Theatro Club, espaço que divide os concertos, que são todos de entrada gratuita, com a Praça Eng. Armando Rodrigues.
Para o presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, o Festival Instrumental Portugal faz parte da estratégia da autarquia de afirmação do concelho como um “território diferenciador com oferta inovadora”, apostando o edil na continuidade de um evento que classifica de “disruptivo” e que apresenta uma “componente comunitária” muito forte.
Enquadrados no Contrato Local de Desenvolvimento Local, estão previstos no programa do Festival Instrumental Nacional várias apresentações de ‘Instrumentos da Terra’, um projecto coordenado por Mário Gonçalves, que envolve grupos locais de percussão, cordofones, concertinas e instrumentos de sopro de bandas filarmónicas do concelho.
Este encontro entre o talento local e os artistas convidados acontece ao longo dos quatro dias do Festival, com uma apresentação final na Praça Eng. Armando Fernandes, na tarde de 6 de Julho.
“Valorizar a criação instrumental feita em Portugal, promovendo o encontro entre músicos consagrados e emergentes, artistas e comunidade” é, segundo o director artístico, propósito deste primeiro Festival Instrumental Portugal, um evento “inclusivo, intergeracional e gratuito, em que os palcos se abrem também à comunidade local, tanto para ver como para participar”.
Em edições futuras, este festival de música instrumental, que Manuel de Oliveira arrisca dizer que é de características únicas em Portugal, poderá alargar-se à área do cinema.
O presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso vê esta primeira edição como “um teste”, confiando que “a experiência vai valer a pena” e justificar novas edições.
O programa do Festival Instrumental Portugal inicia na noite de 3 de Julho, no Theatro Club. como espectáculo de abertura ‘Instrumentos da Terra’ e o concerto ‘Looping Solo’ do guitarrista Manuel de Oliveira.
No dia 4 de Julho, o palco do Largo Eng. Armando Rodrigues recebe João Frade e João Silva com o espectáculo ‘Lugares’ e Tó Trips ‘A Solo’.
O programa musical do dia 5 de Julho, também na Praça Eng. Armando Rodrigues, conta com ‘Vapor’, de Sandra Martins, e ‘Sem Palavras’, de Marta Pereira da Costa.
Os ‘Instrumentos da Terra’, cujos ensaios arrancam na próxima semana, oferecem o espectáculo de encerramento do Festival Instrumental Portugal, na tarde de 6 de Julho, também no Largo Eng. Armando Rodrigues.