Cerveira desafiou jovens para participação num peddy-paper
2019-10-19 às 06h00
Zuzana Gáková, da Comissão Europeia, assume que o programa regional do Norte é o que tem maior alocação de verbas, dinheiro que é aplicado no desenvolvimento da região que mais tem contribuído para o crescimento do PIB e das exportações.
O vale do Cávado e do Ave foram, logo a seguir Área Metropolitana do Porto, as regiões que mais contribuíram para o crescimento do PIB e para o aumento do volume de exportações nacionais. Os indicadores foram apresentados ontem pela coordenadora do Programa Operacional da região Norte na Unidade Portugal e Espanha (DG-REGIO) da Comissão Europeia no debate sobre os 30 anos de política regional e fundos europeus e o seu impacto no Minho, organizado pelo Centro de Informação Europe Direct Minho (CIED Minho) do IPCA, em parceria com o Centro de Estudos em Direito da União Europeia da UMinho e o Centro de Investigação em Ciência Política da UMinho.
Zuzana Gáková não tem dúvidas de que o contributo destas regiões para o desenvolvimento do país foi “muito forte e inquestionável. “Sendo regiões com um forte sector tradicional, e apesar de terem sido expostas a muitos desafios como a globalização, a entrada na zona euro ou a entrada de novos países na União Europeia, muitas empresas destes sectores conseguiram dar o salto e fazer um upgrade”, referiu a comissária.
Além de potenciar os sectores tradicionais, a responsável da Comissão Europeia diz que no Norte foram também criados novos sectores que levaram a região a afirmar o seu lugar nas áreas das novas tecnologias, dos recursos renováveis, da electrónica, além da criação de uma base de investigação muito forte. “As despesas para investigação e desenvolvimento públicas triplicaram em relação aos anos 90, assistindo-se também a um grande aumento na capacitação da população”, explicou a coordenadora do programa operacional da região Norte perante uma vasta plateia de alunos da Escola de Economia e Gestão da UMinho.
A construção do Parque de Exposições de Braga, a instalação do INL, a requalificação e modernização do parque escolar, a requalificação do Bom Jesus ou a construção da A11 foram alguns dos projectos apontados pela comissária que marcaram ao desenvolvimento da região.
O programa regional do Norte é aquele que tem maior alocação de verbas a nível nacional. Só o programa Norte 2020 gera à volta de 4 mil milhões de euros. “O Norte 2020, o maior programa regional, tem uma capacidade de absorção muito boa e está à frente de todos os outros programas em termos de projectos aprovados que, desde 2014, são acima de oito mil, num total de 21 600 aplicações apresentadas.
Mais de metade dos projectos aprovados no âmbito do Norte 2020 vai parar às PME’s que actuam nas áreas da Educação, Inclusão Social, Investigação e Desenvolvimento.
Comissão quer uma Europa mais próxima dos cidadãos
Praticamente no final do actual quadro comunitário e já em fase de preparação do próximo, Zuzana Gáková diz que este é o tempo de “todos fazerem ouvir a sua voz”, tirando lições do passado. A responsável da Comissão Europeia avança que a política de coesão da União Euro- peia vai assentar em cinco objectivos estratégicos: uma Europa mais inteligente, mais verde, mais interligada, mais social e mais próxima do cidadão.
Perto de 45% das verbas deverão ser alocadas em medidas que promovam a transição para uma economia mais inovadora e inteligente, em que a palavra chave é a inovação, sendo este o principal foco da política de coesão para o futuro.
“Não estamos a falar novas porque essas deverão ser financiadas por outras políticas. Falámos de ideias que estão já na fase de protótipo. Não haverá mais financiamento para criar novos laboratórios”, revela a responsável da comissão. Cerca de 30% das verbas serão aplicadas em instrumentos que promovam a transição energética, de adaptação às alterações climatéricas e de gestão dos riscos. Outro dos objectivos é caminhar também para uma Europa interligada, onde a mobilidade e a conectividade digital sejam uma realidade. Mas, dos pontos mais inovadores para o próximo quadro é relação que se pretende estabelecer com os cidadãos. Zuzana Gáková referiu que o facto do país que sai agora da União Europeia tenha sido uma das regiões que mais beneficiou com os fundos estruturais deve servir de reflexão. “A lição a retirar é esta: é importante investir nas regiões, é importante dar voz às pessoas”, diz a responsável, adiantando que, nesse prisma, é necessário investir nas cidades, territórios onde se concentram o maior número de pessoas. “É importante que os investimentos aconteçam nas cidades porque é aí que estão também as necessidades dos cidadãos”, continua. A responsável aponta que outro dos desafios que se colocam à Europa e, especialmente a Portugal, é a harmonização do desenvolvimento das diferentes regiões, colmatando as assimetrias existentes entre elas. “A importância da política de coesão assenta no desenvolvimento harmonioso da União Europeia, nas suas várias regiões”, remata a coordenadora do programa operacional do Norte.
13 Março 2024
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