Hugo Soares falava aos jornalistas numa visita dos deputados do PSD eleitos por Aveiro às zonas afetadas pelos incêndios, que acompanhou, para se inteirar “do que está a ser feito no terreno”.

Questionado sobre o que o PSD defende em matéria de planeamento florestal, Hugo Soares respondeu: como se viu, pouco ou nada foi feito nos últimos oito anos”.

“Temos de recuperar o tempo perdido e deixar tudo como está é que não, porque o governo não veio para deixar tudo na mesma”, acrescentou.

Acompanhado pelo presidente da Câmara de Águeda, Jorge Almeida, o líder parlamentar do PSD elogiou “o trabalho inovador que está a ser feito localmente, com bom senso e diálogo”, para afastar a floresta das casas.

“Os fenómenos dos incêndios que hoje ocorrem são diferentes de há 10 anos atrás, em que as projeções não aconteciam por força das condições climatéricas e hoje as faixas de proteção devem ser muito maiores”, defendeu.

“É preciso começar a afastar a floresta, que temos de proteger, das zonas populacionais, mas também garantir que o património e a vida das pessoas não deve ficar em risco”, completou, admitindo que há trabalho legislativo que tem de ser feito.

Hugo Soares destacou que “o governo está hoje a pôr dinheiro no terreno, sem burocracias, para que as pessoas afetadas possam refazer as suas vidas, "mas há ainda muito a fazer”.

Para o líder parlamentar do PSD, “o cadastro predial tem ainda um caminho a percorrer” e “é fundamental a interação com os autarcas, porque são quem mais de perto conhece a realidade”.

“Não foi por acaso que, por iniciativa do Grupo Parlamentar do PSD, constituímos uma comissão dentro do Parlamento, não só para avaliar o que aconteceu, e terão acontecido erros, mas sobretudo para preparar o que é preciso fazer”.