Hugo Vieira, candidato às últimas eleições do Gil Vicente, reagiu em comunicado à saída de Avelino Dias da Silva, passando para a presidência do clube o então presidente-adjunto, Rui Silva, sobrinho do líder demissionário e filho do anterior diri- gente, Francisco Dias da Silva.
“A nova demissão de um presidente da direção do nosso clube, em apenas cinco meses, criou um clima de instabilidade, desconfiança e fragilização da imagem do Gil Vicente FC”, assume Hugo Vieira, considerando a substituição na liderança “um grave caso de nepotismo, que desprestigia a imagem nacional e internacional” do clube, “apesar do seu enquadramento estatutário”.

Lamentando “o clima de instabilidade provocado por esta novela rocambolesca”, Hugo Vieira reitera “a disponibilidade para encontrar soluções integradoras e transparentes que restaurem a credibilidade”, o que não considera possível “sem diálogo com os sócios, sem a marcação de uma Assembleia-Geral Extraordinária, sem a disponibilização de todos os documentos administrativos e de gestão do clube e, muito provavelmente, sem novo acto eleitoral”.
Assumindo já ter demonstrado estar nesta posição sem “qualquer capricho de poder”, Hugo Vieira assumiu ainda as necessidades futuras de um clube “que tem mais de 6.500 sócios e é o expoente máximo desportivo do conselho de Barcelos, com mais de 120 mil habitantes”.

“É imperioso construir um projecto desportivo que nos faça lutar pelas competições europeias. É premente dar aos nossos jovens espaço para se afirmarem no Futebol Profissional. O nosso Centenário Gil Vicente Futebol Clube merece mais e melhor”, concluiu o antigo avançado dos galos, que marcou 33 golos em 114 jogos durante seis épocas.