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As Nossas Escolas

2023-05-29 às 06h00

Fábio Moreira Fábio Moreira

Colégio Dom Diogo de Sousa homenageou um dos homens que encarnou, na totalidade, os valores da instituição. Perante casa cheia e convidados ilustres, João Lobo foi novamente recordado.

Citação

O Colégio D. Diogo de Sousa acolheu, no passado sábado, uma sessão de homenagem a João Lobo, escritor, político e advogado da região. João Lobo foi aluno e docente no Colégio D. Diogo de Sousa, sendo também conselheiro da direcção.
“Esta homenagem a João Lobo consistiu em vários momentos. Nomeadamente, foi apresentado o seu livro infanto-juvenil, houve uma dramatização da sua obra e um momento musical. Saliento que este livro já conta com uma primeira edição totalmente esgotada. A obra era para ser apresentada há três anos atrás, mas a pandemia da Covid-19 forçou-nos a alteração dos planos. Infelizmente, em Dezembro de 2021, o autor acabou por falecer, mas nós entendemos que o livro deveria ser editado e apresentado. Quisemos prestar esta homenagem ao João Lobo, pois ele foi aqui aluno e professor. Foi um homem desta casa, desde sempre. Foi um conselheiro excepcional e ajudou muito ao sucesso desta casa. Os conselhos dele foram sempre muito ouvidos, pois ele era um conselheiro de eleição, que sentia muito esta casa. O João Lobo tinha uma fortíssima ligação ao colégio, até pelos seus laços familiares, visto que era sobrinho do fundador do Colégio D. Diogo de Sousa”, apontou o administrador António Araújo.

António Araújo salientou ainda que esta homenagem é inteiramente justa, notando que João Lobo foi um homem “extremamente puro”.
“Esta é uma homenagem justa a um homem que encarnou, na totalidade, os valores que são pilares deste colégio. Foi um homem muito para além de bom. Um homem único, excepcional, sensível, atencioso e extremamente puro naquilo que é a essência do ser humano. Temos o dever de homenagear esta pessoa única e irrepetível, que nos ajudou a todos a ser melhores”, confessou António Araújo.

O administrador explicou ainda a presença de Marques Mendes, relembrando que este era amigo pessoal de João Lobo.
“O doutor Marques Mendes era amigo pessoal de João Lobo. Juntos, os dois travaram lutas políticas muito importantes e desempenharam funções de deputados na assembleia da república. Marques Mendes é uma figura nacional e foi a primeira pessoa em quem pensamos para presidir esta homenagem. Entendemos que Marques Mendes deveria estar aqui presente e ele recebeu este convite com muito agrado, tendo aceitado prontamente”, notou ainda o administrador António Araújo.

Padre Cândido Sá
“Um homenagem extremamente merecida a João Lobo”

O director do Colégio D. Diogo de Sousa, padre Cândido Sá, salientou que João Lobo teve um enorme contributo para o colégio, frisando o apoio e os conselhos que o próprio dava à direcção desta instituição.
“Aproveitamos este momento para fazer aquilo eu considero ser um digna homenagem ao doutor João Lobo. O João Lobo foi aluno nesta casa e foi também professor. Era, sobretudo, um sábio conselheiro da direcção do Colégio D. Diogo de Sousa. Era um homem completamente extraordinário que vivia muito este colégio. Foi também um grande escritor e nós aproveitamos a publicação desta sua obra infanto-juvenil para lhe fazer esta homenagem, que eu considero ser extremamente merecida”, confessou o director do Colégio D. Diogo de Sousa, padre Cândido Sá.

O director confessou ainda que João Lobo deixou um enorme legado ao colégio e que foi um homem que sempre procurou o melhor para esta instituição.
“O João Lobo deixa-nos um legado de grande ao Colégio D. Diogo de Sousa. Um homem que procurou sempre trazer uma maior qualidade a esta casa. Ele quis sempre o melhor para este colégio. O João Lobo foi um grande homem e um grande amigo”, salientou o director.

“Portugal precisa de mais exemplos como João Lobo”

Entre a vasta plateia de ilustres convidados, um dos mais reconhecíveis era Luís Marques Mendes. Figura da política nacional e amigo pessoal de João Lobo, Marques Mendes destacou a importância desta homenagem a João Lobo, notando que Portugal precisa de mais políticos sérios que não procurem o mediatismo.
“Primeiramente, é um enorme gosto estar aqui neste colégio de referência e de grande prestígio em Braga e em toda a região norte. É uma oportunidade de também prestar homenagem a uma instituição de ensino que é relevantíssima no plano regional e nacional. Depois, venho aqui para, sobretudo, prestar homenagem ao doutor João Lobo. Mais do que a apresentação de um livro, esta é uma homenagem um grande profissional de direto, a um escritor cheio de talento e multifacetado e a uma pessoa que exerceu vida pública com grande mérito e seriedade. Sobretudo, João Lobo foi uma pessoa que era um cidadão exemplar no tacto, no carácter e na boa formação. Foi alguém que nos deixou muito cedo, mas que, com a sua vida intensa, deixou sempre uma marca muito própria: uma marca de seriedade, de credibilidade e de prestígio”, começou por dizer Luís Marques Mendes.

O convidado confessou ser amigo pessoal de João Lobo, tendo integrando o curso de Direito na Universidade de Coimbra com o homenageado. Marques Mendes salientou que nunca é demais recordar uma pessoa do carácter de João Lobo.
“Eu conheci bem o João Lobo. Tenho aqui uma oportunidade de lhe fazer uma homenagem que é justa e que se impõe. Quando falamos de pessoas que passam por esta vida e deixam fortes, nunca é demais recordá-los e homenageá-los. Quanto mais não seja, a coisa mais importante para influenciar uma cidade no futuro é sempre a cultura do exemplo. Algo que João Lobo representava muito bem”, confessou Marques Mendes.
Numa nota final, Marques Mendes apontou ainda que João Lobo era um político sério, que não procurava o mediatismo e que se primava pelo rigor e pela qualidade. Algo que o próprio considera estar em falta a alguns exemplos políticos actuais.

“Ele contaminava, positivamente, o futuro das novas gerações. Portugal precisa de mais exemplos como João Lobo. Ele fez vida política sem grande mediatismo, mas deixou sempre uma marca de rigor e de qualidade que lhe era reconhecida pelos seus adversários políticos. Pessoas como João Lobo têm muito mais valor do que aquelas que se expõem mediaticamente, mas que não apresentam qualquer conteúdo”, salientou Marques Mendes.

Júlia Rodrigues Fernandes
“Tudo o que possamos fazer para honrar a sua memória é pouco”

Quem também esteve presente no Colégio D. Diogo de Sousa foi a presidente da Câmara Municipal de Vila Verde, Júlia Rodrigues Fernandes. A edil confessou que não poderia deixar de homenagear o seu conterrâneo João Lobo, um homem que deu tanto à região e ao país.
“Tudo o que possamos fazer para honrar a memória de João Lobo é pouco. Foi um grande homem, um grande vilaverdense e é preciso manter a sua memória bem viva nas mentes de todos nós. É uma homenagem completamente justa a quem muito fez por toda a região e pelo país. A apresentação da obra não perde brilho por ser póstuma, apenas contribui para embelezar esta justíssima homenagem”, confessou a autarca vilaverdense.

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