Monção: Partilha e reflexão sobre a violência doméstica
2024-05-17 às 06h00
GNR interveio identificou quatro indivíduos que perturbaram a ordem numa iniciativa sobre o tema ‘Diversidade, género e orientação sexual’ que teve lugar em Cabeceiras de Basto.
Membros da Associação Habeas Corpus provocaram distúrbios durante uma sessão da Unidade de Cuidados na Comunidade de Cabeceiras de Basto subordinada ao tema ‘Diversidade, género e orientação sexual’ na noite de terça-feira no auditório da Casa do Tempo.
Em declarações à RTP, Inês Gonçalves, uma psicóloga do Projecto Bússola, envolvida na organização , queixa-se de ter havido mesmo momentos de “intimidação física”.
A Rádio Voz de Basto fez na sua página da rede Facebook uma publicação a dar conta do ocorrido, incluindo um vídeo em que um individuo ainda jovem com t-shirt negra e inscrita no peito a branco uma inscrição com as palavras Habeas Corpus assume-se como “homofóbico sim senhor”.
Acabaria por ser chamada a GNR de Cabeceiras de Basto à Casa do Tempo, e os quatro elementos abandonaram a sala, referindo que “nós vamo-nos retirar, porque ao contrário desta gente de extrema esquerda, nós defendemos a autoridade”, refere a publicação da emissora, que fez uma reportagem sobre o assunto.
“No meio de muitos insultos, ainda ouvimos dizer às mulheres presentes frases do tipo: “Ide para casa fazer sopa”, “ide-vos embora que estais a promover a homossexualidade” ou, dirigindo-se à artista plástica brasileira Liliane Barbosa, que reside em Cabeceiras de Basto há uma década: “Olha uma brasileira em Cabeceiras de Baixo, não nos enganamos, foi mesmo Cabeceiras de Baixo”, acrescenta.
O porta voz dizia orgulhosamente pertencer à Associação Habeas Corpus, presidida pelo ex-juiz Rui Fonseca e Castro, que lidera a candidatura do partido Ergue-te às europeias e que também se encontrava no local, de acordo com imagens que se puderam visionar e os testemunhos de algumas das pessoas presentes.
A GNR acabaria por identificar os quatro elementos e recolher testemunhos de pessoas presentes no local, que apresentaram queixa pelo sucedido.
Também a revista Visão, na sua edição online, refere que o cabeça de lista do Ergue-te às europeias, acompanhado de, pelo menos, mais três membros da associação Habeas Corpus, interrompeu a iniciativa, acusando os organizadores de “promover a homossexualidade, a degeneração e a desconstrução da família”. Uma das principais visadas foi a vereadora Carla Lousada.
A autarca lamentou o triste episódio, demonstrando a sua preocupação com os factos ocorridos, afirmando que “o que aqui se passou hoje, não pode repetir-se”, refere uma nota da Câmara de Cabeceiras de Basto.
Após a intervenção, a GNR repôs a normalidade que permitiu o retomar dos trabalhos, com o Projecto Bússola, mais concretamente com as intervenções das oradoras Inês Gonçalves e Raquel Guimarães.
Em parceria com o projecto Bússola, a UCC de Cabeceiras de Basto dinamizou esta acção com o objectivo de informar a população sobre questões de género e orientação sexual, “de forma a potenciar práticas inclusivas, diminuindo a discriminação em razão da orientação sexual e da identidade de género”, refere ainda aquela mesma nota da autarquia.
A Habeas Corpus, que foi fundada a 16 de Novembro de 2021, é liderada desde o primeiro momento por Rui da Fonseca e Castro, ex-juiz e candidato pelo partido Ergue-te às eleições europeias de 9 de Junho.
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