Faltou garra, intensidade, velocidade, mas também eficácia aos Guerreiros do Minho para poderem conquista mais três pontos na sua caminhada na I Liga, numa deslocação a Paços de Ferreira em que a aspiração bracarense apontava a um triunfo.
Mas os pacenses são ossos duros de roer e mais uma vez provaram que a temporada quase perfeita que estão a realizar tem motivos para acontecer.
Num jogo em que até dominaram e em que as ocasiões para marcar apareceram, o SC Braga não foi eficaz e voltou a casa sem pontos, depois de derrotado por dois golos sem resposta.
E foi uma partida ingrata, como considerou no final o treinador Carlos Carvalhal, uma vez que os bracarenses entraram fortes em campo e, ao longo dos primeiros 45 minutos, tiveram nos pés, algumas vezes, a oportunidade de fazer balançar as redes do inspirado guarda-redes Jordi. No entanto, faltou pontaria aos avançados (e não só) arsenalistas que bateu de frente com a pontaria certeira que os pacenses demonstraram no segundo tempo.
Na primeira parte, Galeno, logo aos seis minutos, podia ter feito melhor - apesar de não ter grande ângulo de remate - acabando por atirar ao lado da baliza do Paços de Ferreira. Seguiu-se, aos 18, uma espécie de remate de Ricardo Esgaio, de cabeça, que em boa posição para criar perigo acabou por atirar muito ao lado e por cima da baliza pacense. Aos 25, Fransérgio teve nos pés a melhor ocasião desta primeira parte, mas quando tentou o remate viu o esférico defendido muito bem por Jordi, que saiu rápido aos pés do médio bracarense e evitou o golo.
Também o Paços de Ferreira assustou no primeiro tempo, quando Marco Baixinho, na sequência de um pontapé de canto, desviou de cabeça, levando a bola a passar muito perto da baliza de Matheus.
No segundo tempo esperava-se que o jogo mantivesse a mesma toada, mas a verdade é que o Paços de Ferreira conseguiu esconder a sua baliza, recuando as linhas e obrigando o SC Braga a trabalhos forçados em busca do golo, que esteve muito perto de acontecer logo aos 47 minutos, quando Jordi voltou a defender muito bem um remate cruzado de Abel Ruiz.
E daqui para a frente deu-se a queda bracarense. Aos 57 minutos, Bruno Costa recebeu à entrada da área e rematou cruzado não dando hipóteses a Matheus. O golo abanou o SC Braga que, a partir daí não mostrou alma, nem velocidade para dar a volta ao texto, mostrando grandes dificuldades para conseguir aumentar o ritmo de jogo e ultrapassar a cada vez mais recuada defensiva pacense. Ricardo Horta, aos 68 miuntos, ainda teve nos pés o empate, mas sozinho perante a baliza adversária rematou muito por cima.
Oito minutos depois, Hélder Ferreira arranjou novamente motivos para festejar, apontando o segundo golo, num lance em que Matheus ainda defende a bola duas vezes para a barra, mas, perante a apatia dos seus companheiros de defesa, acabou mesmo por ver o homem do Paços de Ferreira a fixar o marcador no 2-0 que acabaria por ditar a quinta derrota do SC Braga na presente edição da I Liga.