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“Grande desafio de Portugal e de Barcelos é reter o talento jovem”
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“Grande desafio de Portugal e de Barcelos é reter o talento jovem”

Braga

2023-10-02 às 06h00

Joana Russo Belo Joana Russo Belo

Mário Constantino, presidente da Câmara de Barcelos, foi um dos convidados do Programa ‘Da Europa para o Minho’, da Rádio Antena Minho. Reter talento, atrair investimento, novo hospital e ponte urbana são os desafios do maior concelho do país.

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É o maior concelho do país, com 61 freguesias, 400km2 e um sector económico muito diversificado, onde se destaca “uma indústria têxtil forte, uma agricultura muito pujante, sobretudo, na produção de leite e vinho verde, e uma grande capacidade de atractividade e atracção de serviços”. A estes atractivos junta-se o “IPCA, um grande motor de desenvolvimento e um rico património cultural, natural e arquitectónico”.
O presidente da Câmara de Barcelos, Mário Constantino, caracterizou desta forma o município, no Programa ‘Da Europa para o Minho’, da Rádio Antena Minho, conduzido por Paulo Monteiro e o eurodeputado José Manuel Fernandes, numa edição especial que saiu do estúdio até Barcelos, para uma maior proximidade às populações.
“Em termos de objectivo futuros queremos criar condições para atrair novos investimentos, sobretudo, empresas âncora que possam elevar o nível de emprego dos nossos munícipes, até porque, Barcelos deu um passo de gigante e, nos últimos indicadores, a nível de alunos no ensino superior e licenciados, estamos acima da média regional, distrital e nacional. O grande desafio é como os vamos manter e reter este talento aqui em Barcelos por forma a terem bons empregos e bons salários”, sublinhou o autarca, defendendo que é através da retenção do talento jovem que o país pode combater a grave crise na saúde e ensino.
“O exemplo mais flagrante foi a medida de isentar em termos de IRS o chamado regresso dos jovens talentos ao país, mas pergunto: e os que estão cá? Não têm os mesmos direitos? Incentivo para cá ficarem? O grande desafio de Portugal e Barcelos também será reter o talento jovem, se estamos a investir e bem na formação dos nossos jovens, temos depois de encontrar formas de os incentivar a ficarem cá”, acrescentou.
Lembrando que Barcelos “estranhamente” foi dos concelhos que perdeu população nos últimos 10 anos, perante o aumento dos estudantes no IPCA e a subida registada “nos nossos vizinhos Braga e Esposende”, Mário Constantino diz ser necessário implementar políticas direccionadas para esta faixa etária: “é estranho Barcelos não ter acompanhado esta subida. Temos que ter uma política activa para reter esses talentos e criar condições para que mais gente venha viver para Barcelos, porque já temos centralidade e capacidade industrial e agrícola. Com estes salários muito miseráveis as pessoas tendem a fugir. Em termos de professores, enfermeiros e médicos, têm saído muitos barcelenses para o estrangeiro com muita facilidade e temos que inverter esta situação. Não chega só termos boa vontade, é preciso que o Estado crie condições e incentivos para que fiquem por cá e acrescentem valor ao mercado de trabalho”.
Questionado sobre a aplicação da chuva de milhões da União Europeia, o autarca diz que têm chegado apenas “algumas pinguinhas, infelizmente”. “Tínhamos alguma expectativa que o PRR - Plano de Recuperação e Resiliência pudesse ser uma mola impulsionadora do desenvolvimento nesta região, costumo dizer que, neste distrito de Braga, tendo quatro cidades como Braga, Guimarães, Famalicão e Barcelos, entre os centros mais exportadores e de maior dinamismo económico e ensino superior com a UMinho e IPCA, não há uma correspondência em termos de investimento. Não conseguimos detectar um investimento do Estado forte no território e faz sentido apostar em duas áreas absolutamente decisivas: na mobilidade e em infra-estruturas, que façam com que este território possa dar corpo à pujança que tem”.
Neste campo, Constantino foi peremptório: “estou em crer que rivaliza com a Área Metropolitana do Porto e de Lisboa em termos de pujança e dinamismo, seja a dimensão que for, cultural, científica, económica, patrimonial. Daí ter de haver um investimento e um olhar mais cuidado para esta região”.
No concelho, ao nível da mobilidade, o edil lamentou a existência de “um conjunto de prioridades que, infelizmente, não cabem dentro do PRR”, nomeadamente algumas ligações às auto-estradas à A3, A7 e A28.
Outro ponto fulcral passa pela construção do novo hospital: “Barcelos e Esposende tem uma população de 160 mil habitantes e o nosso hospital está obsoleto. Há uma garantia do Estado, desde 2008, na construção de um novo hospital, mas ano após ano vai adiando-se esta situação. A nossa população exige um hospital novo, estamos a reunir as condições para que isso aconteça, mas a verdade é que um desafio absolutamente importante brevemente”, frisou.
Outra prioridade é uma ponte urbana para substitui “a belíssima ponte medieval, que já não consegue corresponder às necessidades dos dias de hoje” e, segundo revelou, “infelizmente, o Estado disse que não podia incluir no PRR”.

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