Eco Maratona promove controlo de invasoras
2011-03-13 às 06h00
O ‘Protesto da Geração à Rasca’ levou ontem à Avenida Central centenas de manifestantes. Para terça-feira já está marcado outro encontro.
Porque uma manifestação não resolve o problema foi lançado, ontem na Avenida Central, o convite a todos os desempregados, estudantes, trabalhadores precários e reformados comparecerem, outra vez, na próxima terça-feira, a partir das 18.30 horas, na Avenida Central. O objectivo é criar uma plataforma que junte todas as gerações à rasca.
O ‘Protesto da Geração à Rasca’, convocado através das redes sociais, esteve ontem nas ruas de onze cidades portuguesas, inclusive em Braga. Apesar da denominação, a iniciativa extravasou as fronteiras de uma geração, com ‘jovens’ de cabelos brancos a assinalarem presença em nome dos filhos, netos e gerações futuras.
Por entre críticas ao Governo, acusado de só proferir “mentiras” e criar “embustes”, não faltaram os comentários desfavoráveis àqueles que ganham fortunas.
Helena Costa, uma das manifestantes, terminou o curso de Anatonia Patológica, no Porto, e já enviou mais de 100 candidaturas espontâneas a emprego, “apenas seis responderam a dizer que não precisavam de pessoal”, lamentou a jovem, referindo que também já entregou currículos em hospitais e o que dizem é que “se quiser trabalhar de graça pode ser. Claro que há pessoas que se sujeitam na esperança de conseguir alguma coisa”.
Professora de Inglês e Alemão, Sofia Rocha formou-se, há cinco anos, na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro. “Tenho emprego até o dia 6 de Abril e, passados cinco anos, ainda estou a dar aulas de substituição. Sempre fora de Braga, claro. A pagar transporte e rendas e a ganhar um ordenado terrível”, frisou a professora.
“A única solução que vejo é emigrar para arranjar emprego”
Entre os muitos jovens manifestantes estavam Marta Pinheiro, Maria José Ramalho
e Lara Rodrigues.
Marta Pinheiro é finalista de Enfermagem na Universidade de Aveiro. “A única solução que vejo é emigrar. Os meus pais pagam impostos cá e neste momento o país não tem emprego para me dar”.
Também a jovem Maria José Ramalho, estudante de Engenharia do Ambiente na Universidade do Porto, tem consciência de que “arranjar emprego vai ser muito complicado”. Maria José Ramalho lamentou, ainda, o facto de muitos estudantes que “realmente precisam” não terem direito a bolsa. “Não consigo perceber como é que há tanta diferenciação social com pessoas que não precisam e têm direito a bolsas elevadas”, atirou a estudante, mostrando-se “contra” os empréstimos para estudar.”Acabamos de estudar e já estamos endividados, não faz sentido”, alertou.
A estudar na Universidade do Minho, Lara Rodrigues não percebe como é que, tendo os pais no desemprego, não teve direito a bolsa, tal como o irmão, que também é estudante. “A minha mãe trabalhava numa fábrica têxtil e o meu pai na construção civil. Agora estão os dois desempregados e eu e o meu irmão não tivemos direito a bolsa. Entretanto, recorremos e eu já tenho direito à bolsa mínima”, confidenciou a jovem estudante, que ontem faltou ao trabalho para marcar presença no protesto. “Trabalho ao fim-de-semana para conseguir pagar os meus estudos, mas hoje (ontem) tinha que estar aqui”.
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