O eurodeputado socialista Francisco Assis defendeu ontem, na Escola Secundária de Maximinos, a “escola pública” como uma das grandes conquista do regime democrático em Portugal. Num encontro com alunos deste estabelecimento de ensino, que assinalou o Dia da Europa, o eurodeputado declarou que “a escola pública tem de ser permanentemente defendida”, já que “é ela quer permite a integração social e a preservação dos valores da democracia e da fraternidade”.
Francisco Assis assinalou “uma certa tendência para desvalorizar o ensino público”, algo que considerou “muito negativo, porque pode criar uma sociedade dual”.
Impressionado com o número de alunos estrangeiros que frequentam o Agrupamento de Escola de Maximinos, o eurodeputado abordou, no encontro com os alunos, a questão da imigração em Portugal, matéria que “temos de tratar com rigor e seriedade”.

À jovem plateia Francisco Assis lembrou que Portugal “é um país de emigrantes”, os quais, tal como os estrangeiros que procuram o nosso país para viver, sentem sempre dificuldades de integração.
“Se temos experiência de emigração, temos de saber acolher as outras pessoas”, avisou o eleito português no Parlamento Europeu.
A celebração do Dia da Europa coincidiu com o Dia Aberto do Agrupamento de Escolas de Maximinos, ocasião que o director Paulo Antunes aproveitou para relevar que, a par do Orçamento de Estado, a União Europeia “sustenta” a actividade aqui desenvolvida, seja através do Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária e Erasmus +, seja com o financiamento do ensino profissional.
“Valorizemos a União Europeia e aquilo que ela nos dá”, apelou o director do Agrupamento de Escolas de Maximinos.

Responsável de “um Agrupamento de Escolas que deve muito à Europa”,?Paulo Antunes assumiu um “projecto educativo de futuro para a cidade de Braga e para Portugal”, o qual tem vindo a responder ao crescimento demográfico por via da imigração.
“Temos 31% de alunos estrangeiros com muito gosto”, assumiu Paulo Antunes, destacando que Maximinos é “uma escola de portas abertas e de proximidade”.
Referiu que “a nossa proximidade é a inclusão”, pelo que, através do Programa Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, o Agrupamento de Escolas de Maximinos conta, desde 2010, com financiamento da União Europeia, recentemente confirmado no Programa comunitário Portugal 2030.