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2021-11-22 às 06h00
Livro ‘Falar(es) Bracarense(s)’, da autoria do investigador e professor da Universidade do Minho, José Teixeira, foi um dos temas do programa ‘Da Europa para o Minho’ que é emitido semanalmente na Rádio Antena Minho (106 FM).
“A nossa forma de falar no Minho está na base do Português”. A frase é do investigador, cientista e professor associado de Ciências da Linguagem da Universidade do Minho, José Teixeira, e que no sábado passado deu a conhecer o seu livro ‘Falar(es)Bracarense(s)’, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.
O lançamento do livro foi um dos temas abordados no programa ‘Da Europa para o Minho’, emitido semanalmente na rádio Antena Minho (1056 FM) e que tem a apresentação de Paulo Monteiro e José Manuel Fernandes.
O investigador revela alguns dos termos típicos do falar minhoto e que terão estado na origem da língua portuguesa. “Muita gente acha que a forma de falar do Minho derivou do português autêntico. Isto é um erro histórico tremendo. A forma de falar do Minho, só não é o português padrão e oficial, porque a capital foi para Lisboa. A nossa pronúncia é o resultado das transformações do sistema linguístico, desde o Latim, com as línguas que cá estavam. É esta forma de falar que é o português”, indicou José Texeira, acrescentado que o Português que se fala no Brasil, em Angola ou em Moçambique “saiu daqui. Não é português de Lisboa.”
O investigador e cientista defende ainda que a forma de falar dos bracarenses extrapola as fronteiras do concelho e é assumida por toda a região.
“ O falar bracarense não é só o falar do centro de Braga. É um falar que vai de Vila Verde, a Póvoa de Lanhoso e a Amares até Guimarães. Toda esta zona tem uma forma de falar e uma forma de viver, que não é possível limitar a um traço geográfico muito preciso que delimite vivências e falares. Os falares bracarenses são vários e unem toda uma região que tem uma identidade cultural que é de preservar e ter orgulho nela”, realçou José Teixeira.
A tese do professor universitário assenta no uso frequente de termos comuns a várias zonas do Norte do país, como é o caso de ‘cascavelho’ (parte do ouriço junto à castanha que não se chega a desenvolver e que em linguagem corrente significa pessoa franzina) ou ‘carolinas’ (calçado de madeira).
Outras das características do falar bracarense é o uso frequente do calão, sem intenção ofensiva.”Os palavrões usados não são para ofender, mas revelam emoção ao falar”, destacou José Teixeira. O investigador considera que o uso do calão ainda está pouco investigado em Portugal, pelo que sugere a”necessidade de um estudo mais rigoroso.”
O livro ‘Falar(es) Bracaren-se(s)’ tem por base entrevistas feitas a várias pessoas onde são relatadas experiências sobre a forma como se vivia nos anos 50 e 60 e que permitiram “perceber como se fala em Braga” e perceber a transformação “do espaço rural, numa cidade profundamente europeia e cosmopolita”. O livro foi apresentado pelo eurodeputado José Manuel Fernandes.
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