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Festival Internacional de Jardins quer bater recorde de visitantes
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Festival Internacional de Jardins quer bater recorde de visitantes

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Festival Internacional de Jardins quer bater recorde de visitantes

Alto Minho

2023-05-26 às 06h00

Libânia Pereira Libânia Pereira

Inaugurado na tarde de ontem, na presença de Dom Duarte de Bragança, o 18.º Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima promete bater o recorde de visitantes.

Citação

Dom Duarte de Bragança presidiu à inauguração do Festival Internacional de Jardins de Ponte de Lima 2023. O evento distinguido internacionalmente, abriu ontem as portas para a sua 18.ª edição. As expectativas da organização apontam para que seja ultrapassado o recorde dos 100 mil visitantes.
Sob o tema ‘Jardins Saudáveis’, estão patentes projectos oriundos de países como Polónia, Áustria, Alemanha, Espanha, Brasil, Macau (China), Argentina, França, República Checa, Suécia e Portugal, e o jardim mais votado do ano passado, ‘Jardim da Reflexão’.

O director do certame, Francisco Calheiros, considerou que o festival traz um tema “muito pertinente nos tempos que correm”, e mostrou-se confiante no sucesso de mais esta edição. “Acreditamos que esta 18.ª edição será muito participada. O nosso recorde chegou aos 100 mil visitantes, um número alcançado antes da pandemia, e estou certo que será agora ultrapassado”, afirmou. Francisco Calheiros realçou ainda que estamos perante “um ex-líbris de Ponte de Lima”, e destacou “o papel extremamente pedagógico que assume na comunidade escolar”.
O autarca limiano, Vasco Ferraz, partilhou da opinião de Francisco Calheiros sublinhando as “alterações e melhorias conquistadas a cada nova edição do evento. A participação das escolas é definitivamente um dos pontos mais marcantes em todo este processo, já que é urgente juntar os mais novos a esta causa, criando desde tenra idade a consciência de que é preciso trabalhar por um futuro melhor”, defendeu Vasco Ferraz.

Note-se que a 8.ª edição, do Jardim Escolinhas, conta com 11 jardins dos quatro agrupamentos de escolas, e com o jardim mais votado do ano passado, ‘Que pegada queres deixar no Mundo?’.
Enquanto convidado de honra, Dom Duarte reconheceu que o Festival Internacional de Jardins vem despertar na sociedade um sentido de responsabilidade ambiental que é essencial. “Se desumanizarmos as nossas cidades com simples construções, elas tornam-se desagradáveis. Em todas as terras os jardins devem ser uma prioridade e estar presentes por todo o lado”, disse.

“Portugal não valoriza os ensinamentos de Ribeiro Telles”

O Prémio Gonçalo Ribeiro Telles para o Ambiente e Paisagem 2022 foi entregue, ontem, à arquitecta paisagista Manuela Raposo Magalhães, na vila mais antiga de Portugal. A distinção foi encarada como uma “enorme responsabilidade”, reforçando “o objectivo de dar continuidade aos ensinamentos recebidos do professor Ribeiro Telles”.
O Prémio Gonçalo Ribeiro Telles é uma iniciativa da família Ribeiro Telles, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, da Ordem dos Engenheiros, da Causa Real, da Universidade de Évora e da Associação Portuguesa dos Arquitectos Paisagistas, que pretende anualmente homenagear a visão de Gonçalo Ribeiro Telles, premiando personalidades que se tenham destacado nas áreas do ambiente e da paisagem e com percursos ligados ao serviço cívico. Este ano a distinção teve lugar no Auditório Municipal de Ponte de Lima e distinguiu Manuela Raposo Magalhães, uma das responsáveis pelo conhecimento referente aos instrumentos de sustentabilidade ecológica essenciais ao planeamento e gestão da paisagem em Portugal.

“Entre os mestres que a vida me deu, o professor Ribeiro Telles foi aquele com quem mais aprendi”, afirmou Manuela Raposo Magalhães. No seu discurso, a premiada lamentou que Portugal esteja a “regredir”, considerando que “os ensinamentos de Ribeiro Telles não têm sido valorizados pelos políticos”.
A arquitecta apontou mudanças urgentes em questões relativas a água, aos incêndios rurais, à protecção do solo, e à conservação da natureza. “Acima de tudo é preciso que o Governo perceba que tem de ser delimitada uma infra-estrutura ecológica para este país, que esteja na base de todo o planeamento”, defendeu.

O Prémio foi entregue por Dom Duarte de Bragança, que sublinhou: “se as elites que governaram Portugal nas últimas décadas tivessem prestado mais atenção ao pensamento de Gonçalo Ribeiro Telles, a nossa situação actual seria bem diferente do ponto de vista ecológico e da degradação do meio urbano”.
Por sua vez, o presidente limiano afirmou que “compete a todos nós preservar aquilo que é de todos e, em Ponte de Lima, cuidamos da área ambiental a pensar no presente e nas gerações vindouras, tendo desenvolvido projectos reconhecidos nacional e internacionalmente nesta matéria”.

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