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Faz Cultura cria coro comunitário com doentes oncológicos e seus cuidadores

Braga

2025-01-24 às 06h00

Marlene Cerqueira Marlene Cerqueira

Faz Cultura - Empresa Municipal de Cultura de Braga tem abertas as inscrições para participação no CORDÃO, um coro comunitário composto por pessoas diagnosticadas com cancro e pelos seus cuidadores. Primeiro encontro é no próximo dia 28.

Citação

Combater, através da arte, o isolamento social dos doentes oncológicos e dos seus cuidadores é o principal objectivo do CORDÃO , o novo projecto que a Faz Cultura - Empresa Municipal de Cultura de Braga está a implementar.
O CORDÃO – Coro de Doentes e Amigos Oncológicos surge com o apoio do programa PARTIS & Art for Change, uma iniciativa da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação ‘la Caixa’, contando também com a parceria, na divulgação, da Unidade de Saúde Local de Braga e da Delegação de Braga da Liga Portuguesa Contra o Cancro.
“A nossa vontade é formar um coro comunitário composto por doentes oncológicos, tanto em tratamento como em remissão, e por cuidadores formais ou informais de pessoas com cancro, com o intuito de combater a solidão e o isolamento destas pessoas”, explicou Sara Borges, responsável do projecto, ao Correio do Minho.
Este projecto, com direcção artística de Joana Araújo e Ricardo Baptista pretende, assim, “ligar pessoas, costurando, em conjunto, novas formas de viver e olhar o cancro”.
O projecto está na fase inicial, portanto de recrutamento de elementos. O desafio está lançado e que se quiser juntar ao CORDÃO basta inscrever-se através do email participacao@theatrocirco.com ou presencialmente nas bilheteiras do Theatro Circo ou do gnration.
O primeiro encontro decorre já no dia 28 de Janeiro.
“Os encontros vão ser semanais, às terças-feiras, entre o Theatro Circo e o gnration”, acrescentou sara Borges.
Os participantes devem ser da região de Braga, ter mais de 18 anos.
Sara Borges realça ainda que para participar neste projecto “não é necessária qualquer prática anterior de canto ou formação musical, apenas a vontade de participar e, obviamente a inexistência de contraindicações médicas”. De realçar que o projecto conta ainda com a direcção técnica de Catarina Portela médica oncologista.
Ao longo dos encontros serão realizados exercícios de criação colaborativa, seja através da escolha ou desenvolvimento de repertório, a partir de processos de escrita criativa ou por meio de exercícios de composição musical. Estas dinâmicas visam transformar a experiência do cancro, frequentemente marcada pela solidão, em momentos de partilha, conexão e expressão artística.
A primeira apresentação do CORDÃO deverá acontecer no início de Maio, em formato de instalação, mas Sara Borges prefere não levantar muito o véu. para já, sobre esse momento.
“O desafio que lançamos é aos doentes e seus cuidadores para virem ter connosco e se juntem a este projecto’, referiu, explicando que as dinâmicas destes encontros visam transformar a experiência do cancro, frequentemente marcada pela solidão, em momentos de partilha, conexão e expressão artística.

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