Foi o interesse em comum pela comida saudável que uniu as duas colegas de apartamento quando estudavam na Universidade do Minho (UMinho). Assumindo as rédeas do seu destino, as amigas Diana Cardoso e Carla Alves, ex-alunas de Administração Pública, com pós-graduação em ‘Marketing e Estratégia’ agarraram nesta ideia e aplicaram-na num projecto de empreendedorismo que convida todos a ‘Eat Fit’ (comer saudavelmente). Já lá vão quatro anos. Mas foi durante a pandemia de Covid-19 que mais cresceram os pedidos diários por refeições saudáveis que fazem chegar ao domicílio em ‘marmitas saudáveis’. “Tudo surgiu do nosso interesse pela comida saudável, uma porque era atleta de alta competição no futsal e outra porque tinha muito cuidado já com a alimentação que fazia, aliada às práticas dietéticas e a um estilo de vida mais sustentável”, recordou Diana Cardoso. “O nosso propósito sempre foi só um: comer melhor”.

As duas amigas começaram primeiro por servir pequenos-almoços saudáveis em serviço de catering na empresa tecnológica de um amigo, que passou também a encomendar-lhes o serviço para as conferências. “Foi depois com o ‘passa-palavra’ que nos permitiu ampliar o serviço a outras empresas sempre que precisavam do nosso apoio de catering”, disse. Passaram para os workshops sobre alimentação saudável e para a confecção de bolos, igualmente, “saudáveis” e mais recentemente para as “marmitas saudáveis” que fazem chegar ao domicílio através do serviço de entregas.
“A verdade é que as pessoas em geral, devido ao trabalho e ao stress gerado pela correria do dia-a-dia, deixaram de ter tempo para preparar as suas refeições e muitas vezes optam por comer de forma menos saudável”, refere Diana Cardoso. “Como esta sempre foi uma preocupação para nós, entendemos que devíamos ampliar este conceito a mais pessoas e começámos a servir-lhes as nossas refeições saudáveis”.

O trabalho cresceu e o projecto passou para as redes sociais, onde divulgam o que fazem num site próprio a que chamaram ‘Eat Fit’, contando com o apoio de alguns amigos, todos estudantes ou ex-estudantes da UMinho, que as ajudaram a levar mais longe o projecto que nasceu na cozinha do apartamento que partilhavam enquanto estudantes. Todos os contactos e encomendas são efectuados através deste site.
Actualmente colaboram também com uma nutricionista, Sofia Teixeira, que garante o ‘equilíbrio nutricional’ das refeições que preparam com a devida quantidade de hidratos de carbono, proteína, gorduras e legumes que cada indivíduo deve ingerir.

Hoje é numa cozinha industrial, que apelidam de ‘dark kitchen’, que confeccionam os mais variados pratos para servir nas suas ‘marmitas saudáveis’.
‘Moqueca de peixe’, ‘Strogonoff de frango e cogumelos frescos, ‘Chili vegetariano’, ‘Beringela recheada’, ‘Crepioca vegetariana ou de frango’ são, ape- nas, alguns dos pratos mais pedidos confeccionados pelas duas ex-alunas da UMinho.
“Nesta fase de pandemia os workshops que realizávamos na nossa cozinha foram substituídos por cabazes que são entregues ao domicílio e que contêm os ingredientes e o manual de receitas para confeccionar em casa. Toda a orientação é feita online”. Os objectivos para o futuro há muito que já está desenhado: “sensibilizar o maior número de pessoas para uma vida mais equilibrada, saudável e sustentável”.