“Há dias em que a bola não entra, mas isso acontece com todas as equipas e eu tenho a certeza de que seremos mais felizes nos próximos jogos”, disse o médio, em conferência de imprensa, no final do treino matinal da equipa das ‘quinas’ em Trencin, na Eslováquia.

Portugal iniciou a 10.ª participação, e terceira seguida, em fases finais da prova com um ‘nulo’ perante a França, campeã em 1988, numa jornada inaugural em que a Geórgia se isolou na liderança do Grupo C, ao derrotar a Polónia com um golo no tempo de compensação (2-1).

“A equipa francesa tem muita qualidade e é uma das fortes candidatas a ganhar a prova. Sabíamos que seria um encontro difícil, mas mostrámos que conseguimos jogar de igual para igual contra qualquer adversário. Tivemos mais oportunidades claras e merecíamos um pouco mais, mas restam-nos duas partidas para ganhar”, apontou Diogo Nascimento.

Titular ao lado de Mateus Fernandes e Paulo Bernardo, o médio, de 22 anos, admitiu ter recebido “muita liberdade” do selecionador Rui Jorge para “mostrar o seu futebol, ser um organizador e tentar fazer a equipa jogar”, revendo-se no estilo de Vitinha e João Neves, que disputaram edições anteriores do Campeonato da Europa de sub-21 e venceram no domingo a Liga das Nações ao serviço da seleção principal, em Munique, na Alemanha.

“Já joguei com o Paulo Bernardo na formação do Benfica e conheço-o bem, sendo que o Mateus Fernandes também é um atleta de enorme qualidade. Temos treinado as nossas dinâmicas e sentimo-nos bem”, frisou Diogo Nascimento, que deixou as ‘águias’ há duas temporadas para rumar ao Vizela, da II Liga, somando um golo em 36 jogos em 2024/25.

Três dias depois do ‘nulo’ frente à França, a equipa das ‘quinas’ vai regressar ao Estádio Sihot, em Trencin, para encarar a Polónia, no sábado, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa), enquanto França e Geórgia medem forças à mesma hora em Zilina, numa ronda que poderá, desde já, apurar os georgianos para os quartos de final e afastar os polacos.

“Tal como todas as seleções que cá estão, a Polónia será um adversário bastante forte e teremos a oportunidade de estudá-lo com mais detalhe entre hoje e amanhã [sexta-feira]. Não esperamos facilidades, mas também sabemos das nossas qualidades”, reconheceu.

Os dois primeiros classificados dos quatro grupos acedem à fase seguinte da 25.ª edição do Europeu de sub-21, no qual Portugal já foi finalista derrotado em 1994, 2015 e 2021, com o jogo decisivo agendado para 28 de junho, no Estádio Tehelné pole, em Bratislava.

“Cada geração é uma geração. Sabemos da nossa qualidade e viemos cá para chegar o mais longe possível na prova. Não pensamos nem falamos muito do título, mas claro que não podemos fugir a isso, porque Portugal já foi finalista. Temos de continuar a efetuar o nosso trabalho. Fizemos um bom primeiro jogo e há que focar nos dois próximos”, frisou.

Vinculado ao Vizela por mais duas temporadas, até 2027, Diogo Nascimento mostrou-se agradado pela sua inclusão na equipa do ano da II Liga, já depois de ter recebido quatro prémios consecutivos de melhor jogador do mês, entre janeiro e abril, ambicionando “dar continuidade ao trabalho feito no clube para ajudar a seleção a atingir os seus objetivos”.

“Sinto-me bastante bem e é bom ser elogiado. Futuro? Neste momento, não penso muito nisso e estou focado na seleção. O que tiver de acontecer será com naturalidade”, notou.