Correio do Minho

Braga, terça-feira

- +
Estudo da UMinho aponta desequilíbrios da valorização florestal em Portugal
Câmara Municipal inaugurou novo relvado do Águias do Neiva

Estudo da UMinho aponta desequilíbrios da valorização florestal em Portugal

Vitória SC sofreu mas venceu em Chaves

Estudo da UMinho aponta desequilíbrios  da valorização florestal em Portugal

Braga

2020-08-05 às 11h00

Redacção Redacção

ÁRVORES de interesse público estão concentradas em Lisboa. Investigador desafia municípios do interior a classificar património.

Citação

O maior volume de árvores de interesse público do país situa-se em Lisboa e não em regiões com maior densidade e diversidade florestal, desequilíbrio geográfico que pode dever-se a questões culturais, económicas ou de viés dos técnicos florestais, segundo uma investigação de Paulo Reis Mourão, professor da Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho.
Num trabalho agora publicado na revista científica ‘Environment, Development and Sustainability’, em coautoria com Vítor Martinho, do Instituto Poli- técnico de Viseu, constata-se que o distrito de Lisboa soma um terço dos quase 400 registos da lista de árvores de interesse público. O quadro legal recente em Portugal permite a promotores públicos e privados, nomeadamente municípios, identificar e classificar oficialmente árvores ou grupos de árvores excepcionais como “de interesse público”, em articulação com o Instituto de Conservação da Natu- reza e das Florestas (ICNF).
Esta classificação tem ocorrido sobretudo em municípios mais antigos, costeiros, capitais de distrito e que têm boa dinâmica turística. As zonas com muita densidade populacional e florestal ou com um polo do ICNF garantem pelo menos uma referência nessa lista, refere o estudo.  
“Isto significa que pode haver (grupos de) árvores que preenchem os critérios, mas ainda não foram classificadas. Sugere-se, por isso, um estímulo especial sobre o potencial arbóreo de zonas menos densas e que os municípios jovens e interiores atentem mais aos seus recursos naturais”, realça Paulo Reis Mourão.
O também membro do Núcleo de Investigação em Ciências Políticas e Empresariais da Universidade do Minho refere que “diversos territórios naturais de Portugal estão algo ausentes deste inventário, ou seja, pode perder-se oportunidades de valorização de património público e privado de elevadíssimo valor ecológico, paisagístico, histórico e religioso, bem como o envolvimento da sociedade na sua divulgação, inventariação e proteção”. O estudo propõe a análise comparativa entre tipos de arvoredo, a ampliação da amostra a países europeus com legislação idêntica e a identificação de determinantes internacionais de categorização.

Deixa o teu comentário

Banner publicidade

Usamos cookies para melhorar a experiência de navegação no nosso website. Ao continuar está a aceitar a política de cookies.

Registe-se ou faça login Seta perfil

Com a sessão iniciada poderá fazer download do jornal e poderá escolher a frequência com que recebe a nossa newsletter.




A 1ª página é sua personalize-a Seta menu

Escolha as categorias que farão parte da sua página inicial.

Continuará a ver as manchetes com maior destaque.

Bem-vindo ao Correio do Minho
Permita anúncios no nosso website

Parece que está a utilizar um bloqueador de anúncios.
Utilizamos a publicidade para ajudar a financiar o nosso website.

Permitir anúncios na Antena Minho