Duas cidades unidas de forma umbilical e com rivalidades históricas que perduram no tempo, mas que se esperam sadias, Braga e Guimarães voltam a ser unidas, após anos de interregno, pela realização da Estafeta da Amizade. Esta é uma prova desportiva em que a competição acaba por estar em último plano, apesar de as emoções da corrida estarem sempre presentes.
A Estafeta da Amizade está de volta à acção este ano para a sua quinta edição (a última foi em 2019 e depois deu-se uma interrupção causada pela pandemia de Covid-19), prometendo reunir mais de um milhar de participantes que, para além de se prepararem para voltar a ligar as cidades de Braga e Guimarães, o fazem desta vez com o intuito de assinalar também os 50 anos de vida da Universidade do Minho.
O evento está integrado no programa das comemorações da efeméride e, daí, a prova passar por fazer a ligação, em corrida tipo estafeta, dos dois campus da UMinho: Azurém (Guimarães) e Gualtar (Braga). Um total de cerca de 24 quilómetros que vão ser percorridos por equipas de quatro elementos, em que cada um cumprirá um percurso de cerca de seis quilómetros.
Ontem, na apresentação desta iniciativa, que decorreu na Reitoria da Universidade do Minho em Braga, estiveram presentes o reitor da instituição, Rui Vieira de Castro, o presidente da Comissão que está a organizar o aniversário da UMinho, João Cardoso Rosas, a vice-presidente da Câmara Municipal de Braga, Sameiro Araújo, o chefe de gabinete da presidência da Câmara Municipal de Guimarães, Miguel Oliveira, e o responsável da Runporto, Jorge Teixeira, e a ideia comum de que este regresso à estrada da Estafeta da Amizade vem contribuir para o fomentar a ligação entre as cidades, entre a academia e a sociedade, a prática desportiva e a celebração do meio século da Universidade do Minho.
O reitor da UMinho considerou o evento como “muito significativo e que exprime bem o que é o programa das comemorações” dos 50 anos da UMinho, um programa “extenso e com ligação às mais diversas áreas”.
“Esperamos, mais uma vez, o envolvimento de toda a nossa comunidade académica, mas também das entidades que connosco habitualmente cooperam, como os municípios de Braga e Guimarães, e também toda a sociedade”, referiu Rui Vieira de Castro. Por sua vez, Sameiro Araújo afirmou ser um orgulho responder afirmativamente ao desafio da Universidade do Minho para fazer regressar esta prova em ano de celebração dos 50 anos da instituição.
João Cardoso Rosas frisou a importância do evento a todos os níveis e lembrou que esta, a par de Lisboa e Porto, “é uma das zonas mais dinâmicas do país a todos os níveis” e que este tipo de eventos só contribuem para demonstrar esse dinamismo.
Já Miguel Oliveira afirmou ser “um orgulho para Guimarães ter uma instituição como a Universidade do Minho”, que considera “fundamental” também para o desenvolvimento das cidades e da própria região.
A prova vai contar com cerca de mil participantes, entre os quais se confirmaram já os nomes de Dulce Félix, Ricardo Ribas e Filomena Costa, mas esperam-se que mais alguns nomes sonantes venham a participar.