Ouvem-se as rolhas a saltar. Repetidamente. As conversas harmonizam-se entre desconhecidos e conhecidos, e desconhecidos que passam a tornar-se conhecidos. Brinda-se a sorrir enquanto se observa a região dos vinhos verdes num copo. Ouvem-se os seus os sons nas bolhinhas dos espumantes, o frescura dos brancos toca-nos no pescoço como se fosse uma ligeira brisa em de dia de verão, regressa-se ao passado, a mãos ancestrais nos Pét-Nat.
Há tintos doces para acompanhar sobremesas, há vindimas tardias com mais de uma década e há também tesouros, com cunho de enólogos, capazes de sobreviver anos em garrafeira, onde vão afinando as notas. Estão ali as novas colheitas e todos os cantos do Minho. Do Cávado ao Alto Minho. Do Solar da Pena até à Adega de Monção, passando pela Barco Wines, capazes de nos fazer embarcar numa viagem inolvidável no museu.

O museu é para explorar. Os seus cantos, sombras naturais das suas árvores, cantos pitorescos, salas com obras de arte que servem de passagem até banquetes inesquecíveis, relógios de sol espalhados pelos seus muros, que não fazem contar horas. Por vezes parece que fala connosco, que sussurra ao ouvido como se fosse a Lana Del Rey, numa espécie de video game.
Vieram também chefs de alto gabarito. Aliás, o Vinhos Verdes Essência Festival. Já se assume como a principal experiência enogastronómica da região norte.
Cozinha ao vivo, com mini pratos para os presentes que iam exibindo um chapéu de palha, com o logo da Comissão de Viticultura dos Vinhos Verdes, espécie de peça indumentária de Verão, de quem está a saborear um momento de eleição, daqueles que se registam no instagram interior em período de férias.

Dora Simões, presidente da Comissão, classificou este como mais um “momento de demonstrar a grandeza dos vinhos verdes”, num cenário idílico”, num “ambiente único”, onde se une “grandes vinhos e gastronomia de elevada qualidade”, num espaço fantástico.
As rolhas vão-se abrindo também no lounge. Mesmo ao lado do palco, onde chega a música. Está na uma autocaravana daquelas com sabor a verão. Está recheada de frapés. Rosé, Espumantes e castas. O rei Loureiro e a rainha Alvarinho de várias referências. Mas também há grandes tributos ao avesso e ao azal, nomes mais desconhecido do comum dos mortais para o sector dos vinhos, mas castas a descobrir e fixar como tesouros.
Ah! Em breve chega o Cinema à vinha. Às vinhas e às quintas da região. Também com a assinatura da Comissão dos Vinhos Verdes. Um cardápio para os cinéfilos a explorar na companhia de um copo de vinho verde.