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2018-11-09 às 06h00
Em Famalicão, é de pequenino que se aprende a importância de uma alimentação saudável. Paulo Cunha foi almoçar com as crianças da Escola Básica de Vale S. Martinho em dia de ementa vegetariana.
Não é muito comum encontrar crianças adeptas de comida vegetariana, mas na Escola Básica de Vale S. Martinho, em Vila Nova de Famalicão, existem pelo menos três: Gustavo Ferreira de 8 anos, Afonso Fernandes de 9 anos e Ana João de 8 anos estão habituados aos pratos preenchidos com legumes, leguminosas e vegetais e admitem que gostam muito. Para o Afonso que frequenta o 4.º ano, a comida vegetariana é mesmo a sua favorita. “Gosto muito de espinafres e couves e prefiro o peixe à carne”, afirma referindo que “em casa” também come comida vegetariana e apesar de “os amigos não gostarem muito” é a sua “favorita”.
Apesar de preferir “massa com almondegas”, Ana João garante que “gosta de pratos vegetarianos” e adora “sopa”.
Em Vila Nova de Famalicão, é de pequenino que se aprende a importância de uma alimentação saudável, para uma vida mais longa e feliz e, é nas escolas que se educa o paladar. Desde 2016 que pelo menos uma vez por mês, é servida uma refeição vegetariana nas 60 escolas do 1.º ciclo e jardins de infância do concelho, abrangidas pelo serviço de refeições do município. Ao todo, o município é directamente responsável por mais de 3500 refeições diárias.
No Dia Europeu da Alimentação e Cozinha Saudável, que se assinalou ontem, o presidente da Câmara Municipal, Paulo Cunha, sentou-se à mesa com as crianças da Escola Básica de Vale S. Marinho e partilhou com elas a sopa, lentilhas estufadas e gelatina.
Segundo o autarca, “a Câmara Municipal está consciente das responsabilidades que tem neste sector, e com esta iniciativa da introdução da refeição vegetariana queremos, acima de tudo, sinalizar o quanto a qualidade da nossa alimentação é importante para a nossa saúde e para o nosso equilíbrio, passando essa mensagem aos encarregados de educação e às famílias famalicenses”. “A escola não é apenas o espaço onde se aprende a escrever, a ler e a fazer contas é também o local onde se aprende a comer”, referiu adiantando que a autarquia desenvolve um trabalho de aprovação, fiscalização e monitorização das ementas escolares, tendo em conta o equilíbrio nutricional.
Mas nem tudo é fácil neste processo. De acordo com a coordenadora da Escola, Manuela Pereira, “as crianças nem sempre reagem bem à alimentação mais saudável, têm dificuldades em termos de paladar e, por vezes fazem grande resistência, mas vamos sempre insistindo”.
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